segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Após ação de caçadores, dezenas de elefantes são encontrados mortos


Número de elefantes mortos aumentou por ação de caçadores (Foto: Divulgação/ ELEPHANTS WITHOUT BORDERS)

Após ação de caçadores, dezenas de elefantes são encontrados mortos

04/09/2018 - 13H09/ atualizado 13H0909 / por Redação Galileu

A organização não-governamental Elefantes Sem Fronteiras fez uma denúncia que chocou ativistas e instituições de proteção ambiental: nas últimas semanas, ao menos 87 elefantes foram mortos pela ação de caçadores. A investigação foi realizada a partir de um monitoramento aéreo em regiões próximas a um santuário ambiental localizado em Botswana, no sul da África.

O país abriga a maior população de elefantes do planeta, com quase 130 mil exemplares da espécie, mas sofre uma escalada das atividades furtivas dos caçadores, interessados no marfim das presas desses animais.

De acordo com a organização, o aumento da morte dos elefantes coincide com a diminuição das atividades de monitoramento da vida selvagem do governo de Botswana: de acordo com os relatos, a unidade anti-caça do país está sendo desmobilizada, o que encorajaria a atividade dos caçadores.
Na década de 1990, membros das Forças Armadas de Botswana foram convocados para proteger a vida selvagem do país. Um dos defensores dessa política, Ian Khama tornou-se presidente do país e reforçou as medidas para combater as ações dos caçadores. O político apresentou sua renúncia à presidência neste ano e, desde então, as políticas destinadas à preservação dos elefantes vêm diminuindo.

A análise dos membros do Elefantes Sem Fronteiras indica um retrocesso na região: desde 2015, a caça aos elefantes dobrou.
Elefantes bebês que ficaram órgãos são cuidados por humanos (Foto: Divulgação/ ELEPHANTS WITHOUT BORDERS)

Os elefantes africanos são considerados uma espécie "vulnerável", o que indica uma possível ameaça de extinção caso as políticas ambientais não sejam realizadas. Apesar do comércio de marfim ser proibido desde o final da década de 1980, ele é contrabandeado principalmente para o mercado asiático.

Para a organização Elefantes Sem Fronteiras, políticas públicas consistentes precisam ser praticadas não apenas por Botswana, mas por todas as nações africanas que abrigam as populações de elefantes. Caso isso não seja feito, uma tragédia irreversível poderá acontecer em um curto espaço de tempo.

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