sexta-feira, 28 de setembro de 2018
9 em 10 moradores do planeta respiram ar altamente poluído
Em encontro de especialistas e gestores de saúde em Brasília, a
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ressaltou na terça-feira (25)
que a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.
Nove em cada dez moradores do planeta Terra respiram
altos níveis de poluentes. Organismo da ONU pediu esforço conjunto das
nações para combater a contaminação da atmosfera.
“Vivemos um cenário alarmante no mundo em relação à qualidade do ar”,
afirmou Katia Campos, coordenadora de Determinantes da Saúde, Doenças
Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental do escritório da OPAS no
Brasil.
Com representantes da academia e governo, a reunião na capital federal
antecipou a realização em Nova Iorque da Primeira Conferência Global
sobre Poluição do Ar e Saúde.
“A ideia é que as deliberações deste evento possam contribuir para uma
agenda sistemática de medidas práticas para reduzir os índices de
poluição do ar nas cidades do Brasil, contribuindo também para a
diminuição dos poluentes em nível global”, acrescentou Campos sobre o
encontro em Brasília.
Mais de 4,3 mil cidades em 108 países estão incluídas no banco de dados
de qualidade do ar ambiente da Organização Mundial da Saúde (OMS). A
plataforma é o banco de dados mais abrangente sobre o tema, com as
concentrações médias anuais de material particulado fino (PM10 e PM2.5)
nos municípios cadastrados.
Essas substâncias penetram profundamente no corpo, agravando o risco de
acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças cardiovasculares, câncer
de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e infecções
respiratórias, inclusive pneumonia.
Também participam do evento em Brasília membros da ONU Meio Ambiente,
Ministério da Saúde, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério das
Cidades, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços,
Ministério do Meio Ambiente, Ministério dos Transportes, Ministério de
Minas e Energia, Universidade do Estado de Mato Grosso, Universidade de
São Paulo (USP), Instituto Saúde e Sustentabilidade, Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ), Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Procuradoria
Regional da República, Instituto Energia e Meio Ambiente e Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo.
Fonte: ONU
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