Não há vacina contra a destruição ambiental
Crise Climática é uma das principais ameaças em Relatório Global de Riscos 2021Por Taís Meireles
Em meio à pandemia de Covid-19 e à crise socioeconômica que já afeta todos nós, infelizmente, não podemos ignorar outro problema grave que impacta o mundo todo: a crise climática.
Causada pela emissão excessiva de Gases de Efeito Estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), em atividades como o desmatamento, a queima de combustíveis fósseis em transportes ou para a geração de energia (como petróleo, carvão mineral e gás natural), e em práticas insustentáveis em agricultura e pecuária, a crise climática já é uma realidade para a população mundial.
Segundo o relatório global de riscos 2021 do Fórum Econômico Mundial, lançado em 19/1/21, as mudanças climáticas estão entre os principais riscos à humanidade. Na projeção da organização para a próxima década, o fracasso da ação climática e outros riscos ambientais estão à frente de armas de destruição em massa e de crises de subsistência e de débito, perdendo apenas para doenças infecciosas.
O impacto ambiental causado pela humanidade também aparece no relatório como um dos riscos mais iminentes, ou seja, mais prováveis de nos afetar diretamente nos próximos dois anos.
Cuidar do nosso planeta nunca foi tão urgente!
Por anos temos ignorado essa crise silenciosa, que destrói nossa biodiversidade, mas a crise global do coronavírus serve como alerta para os riscos que a nossa relação desequilibrada com a natureza pode causar.
Não podemos arriscar outra década prejudicial para a natureza. Não apenas pela conservação das nossas florestas e da vida selvagem, mas pela nossa própria sobrevivência. Em 2021 é o momento, mais do que nunca, em que precisamos mudar a rota.
“Vale lembrar que as doenças infecciosas emergentes e as mudanças climáticas têm um fator importante em comum: a mudança no uso da terra, ou desmatamento. Então de certa forma, evitar a crise climática também é evitar que soframos com novas zoonoses”, comenta Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil.
Alexandre Prado, diretor de Economia Verde do WWF-Brasil, complementa: “A transição para uma economia mais justa e equilibrada em sua relação com o meio ambiente não pode mais ser adiada. Precisamos nos unir como sociedade, cobrar de nossos governantes e empresas, cada um fazer a sua parte”.
Afinal de contas, se a natureza não tiver futuro, nós também não teremos. Doe e apoie nosso trabalho de conservação da vida: doe.wwf.org.br
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