Área Pública
Servidor do GDF é preso por demarcar lotes em área pública em Samambaia
00:14:00
Presos em regime semiaberto estavam com ele e também foram detidos. Secretaria de Transportes diz que aguarda notificação para se manifestar.
Um servidor público da Sociedade de
Transportes Coletivos de Brasília (TCB), cedido à Secretaria de
Transportes do Distrito Federal, foi preso na manhã desta quinta-feira
(9) suspeito de demarcar lotes em área pública, para venda posterior,
nas quadras 603 e 605, em Samambaia Norte. Na mesma ação, foram detidos
quatro presos beneficiados por um programa de inclusão social – que
permite trabalhar fora do presídio durante o dia e retornar ao local à
noite. ...
A Secretaria de Transportes informou que aguarda uma notificação oficial para se manifestar sobre o assunto.
A TCB é uma empresa pública de transportes do DF. Entre as atribuições
da companhia está o gerencimento dos ônibus do grupos Amaral e Viplan.
As duas empresas sofreram intevenção do GDF recentemente.
Segundo o delegado-chefe da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), Richard
Valeriano Moreira, os policiais identificaram os suspeitos depois de
constatar a presença de uma caminhonete com timbre do GDF no local. O
veículo oficial também foi apreendido.
“Nossa equipe verificou durante a diligência que um servidor da TCB
estava demarcando os lotes com a ajuda dos beneficiados da Funep
[Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso]. O servidor desviou a
finalidade os quatro presos, que estão sendo autuados. Já enviamos um
comunicado ao juiz, que pode determinar uma regressão de pena”, diz
Moreira.
Caso o juiz decida por reavaliar a condenação dos detentos, eles podem
perder o benefício e ter de cumprir a pena dentro do presídio em regime
fechado. O servidor preso pode ser liberado após pagamento de fiança.
A área invadida pertence a Terracap e mede o equivalente o três campos
de futebol, de acordo com avaliação preliminar da polícia. Em alguns
trechos, muros e casas já estão sendo erguidos. O local tem até nome:
“Condomínio Renascer”.
Segundo Moreira, a ocupação fugiu do controle dos primeiros invasores, que estavam parcelando a área para venda.
“As pessoas que iniciaram o processo das vendas perderam o controle.
Outras pessoas estão entrando espontaneamente para demarcar lotes, ou
seja, estão acontecendo novas invasões”, diz o delegado.
Fonte: Portal G1 - 10/01/2014
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