Na contagem regressiva para o torneio, confira 100 dúvidas em torno do evento
O Brasil de 2014 não é tão diferente assim do país que ganhou a
oportunidade de ouro de receber o Mundial, em 2007. Uma pena. Nessa reta
final, restará aos anfitriões trabalhar duro para evitar algum vexame
no evento
A contagem regressiva para o pontapé inicial da Copa do Mundo
entrou na reta final nesta terça-feira: são apenas 100 dias até Brasil e
Croácia se enfrentarem no gramado do Itaquerão, em São Paulo, na tarde
de 12 de junho.
As seleções participantes estão definidas, os grupos
estão montados e a tabela de jogos está pronta, com todos os
doze estádios confirmados (ainda que alguns não tenham sido entregues
até agora).
Apesar de algumas certezas, o Mundial está cercado por
muitas dúvidas – e, desta vez, elas não estão restritas ao desempenho
dos atletas e seleções nos gramados. A partir de agora, os envolvidos no
evento – dos craques observados a cada lance por bilhões de pessoas
pela TV aos operários que trabalham de forma anônima nas últimas
tarefas nos estádios –, têm todos uma coisa em comum: a certeza de que
não há mais um dia sequer a se perder nos preparativos para o maior
evento esportivo do planeta.
São 100 dias que separam o país, sua
seleção e seus concorrentes da glória ou do fiasco. Cem dias decisivos
para começar a escrever a história da Copa do Mundo de 2014.
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O país do Mundial
O Brasil de 2014 não é tão diferente assim do país que ganhou a
oportunidade de ouro de receber o Mundial, em 2007. Uma pena: apesar de
ter sido confirmado como sede da Copa com um prazo mais do que
suficiente para promover transformações radicais nos aeroportos, nos
transportes e nas cidades, muitas promessas não saíram do papel.
Nessa
reta final, restará aos anfitriões trabalhar duro para que pelo menos o
país não protagonize nenhum grande vexame no evento.
Protestos
As manifestações nas ruas contra os gastos excessivos com o evento
serão tão grandes quanto as que paralisaram o país em junho de 2013 ou
os protestos serão esvaziados pela euforia na Copa?
Os estádios, ainda
O país da Copa não precisava de doze estádios novos ou completamente
reformados. Não precisava sequer de doze sedes – as edições passadas do
torneio aconteceram num número menor de arenas. Ainda assim, o Brasil
insistiu em erguer ou remodelar esse número exagerado de palcos para a
competição. Quase não deu conta da empreitada – a 100 dias da
abertura, quatro ainda estão incompletos, e ainda faltam as estruturas
temporárias para a Copa em todos os estádios.
Itaquerão
O palco da abertura, em 12 de junho, estará completamente concluído,
inclusive com arquibancadas provisórias, depois dos atrasos no
financiamento e do acidente que matou dois operários?
As 12 cidades-sede
A briga foi acirrada para entrar no mapa da Copa. Sonhando com
investimentos bilionários em infraestrutura e fartos lucros no período
do evento, muitas capitais brasileiras concorreram a um lugar no
torneio. Faltando pouco menos de três meses para a estreia, porém, é
difícil apontar alguma sede que tenha aproveitado de verdade a chance de
usar o evento para se modernizar e melhorar. Pelo contrário: a grande
maioria chega às portas da Copa como incógnita.
Aeroportos
Haverá transtornos no embarque e desembarque de turistas, jornalistas,
convidados e delegações nos sete aeroportos de cidades-sede que terão
obras ainda inacabadas quando o Mundial começar?
E, enfim, o futebol
Se a organização e a infraestrutura do país preocupam, pelo menos no
campo a torcida da casa tem motivos para se animar. Não será fácil, é
verdade: seleções poderosas, como Alemanha, Argentina, Espanha e
Itália, estão a caminho do Brasil, e supercraques como Lionel Messi e
Cristiano Ronaldo estão escalados para o torneio. Mas a equipe do
técnico Luiz Felipe Scolari vai brigar pelo título, apostando
num empurrão da torcida, na experiência do treinador e no brilho de
Neymar.
Neymar
Com a responsabilidade de vestir a camisa 10 da seleção e liderar o
time na tentativa de conquistar o hexa, o jovem craque vai corresponder a
todas as expectativas dos torcedores brasileiros?
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