Terça-feira, 04 de Março de 2014 Diário do Poder
Escândalo
PPS quer afastamento do ministro Manoel Dias do Trabalho
Publicado: 3 de março de 2014 às 17:43
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), vai pedir à Comissão de Ética da Presidência que avalie o afastamento do ministro do Trabalho, Manoel Dias (foto), suspeito de envolvimento num esquema para empregar militantes de seu partido, o PDT, como “fantasmas” em uma entidade que recebia recursos da pasta.
Para o congressista, “o fato de a Polícia Federal solicitar judicialmente uma investigação contra o ministro é suficiente para a demissão.”
Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta segunda-feira
(3), a PF viu indícios da participação de Dias nas supostas
irregularidades e pediu à Justiça Federal em Santa Catarina que remeta
os autos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a abertura de um
inquérito específico sobre a conduta de Dias.
Como ministros têm foro privilegiado, só a corte em Brasília pode autorizar investigações criminais sobre eles.
Bueno criticou a presidente Dilma Rousseff pela “frouxidão” ao manter o ministro no cargo, apesar das suspeitas.
“O Palácio do Planalto precisa demiti-lo o mais rápido possível. Acredito que a Justiça dará a resposta necessária para o caso, mas isso pode demorar.
A manutenção de Manoel Dias no cargo representa um grande desrespeito com o trabalhador e com toda a sociedade brasileira”, disse o deputado.
Ex-integrantes do PDT em Santa Catarina, em depoimento à PF, confirmaram ter recebido pagamentos da ADRVale – entidade que era abastecida por recursos de convênios com o Trabalho -, sem prestar serviços para ela.
O suposto esquema foi denunciado pelo ex-presidente da juventude pedetista em Santa Catarina, John Sievers Dias, em entrevista ao Estado publicada em setembro. Segundo ele, a ordem para receber da entidade sem trabalhar foi de Dias, na época presidente do PDT catarinense.
O ministro nega as irregularidades, atribuindo as denúncias a “fogo amigo”. A ADRVale, hoje inativa, sustenta que não houve repasses para “fantasmas” e que todos os funcionários listados em sua folha de pagamentos trabalharam efetivamente. AE
Como ministros têm foro privilegiado, só a corte em Brasília pode autorizar investigações criminais sobre eles.
Bueno criticou a presidente Dilma Rousseff pela “frouxidão” ao manter o ministro no cargo, apesar das suspeitas.
“O Palácio do Planalto precisa demiti-lo o mais rápido possível. Acredito que a Justiça dará a resposta necessária para o caso, mas isso pode demorar.
A manutenção de Manoel Dias no cargo representa um grande desrespeito com o trabalhador e com toda a sociedade brasileira”, disse o deputado.
Ex-integrantes do PDT em Santa Catarina, em depoimento à PF, confirmaram ter recebido pagamentos da ADRVale – entidade que era abastecida por recursos de convênios com o Trabalho -, sem prestar serviços para ela.
O suposto esquema foi denunciado pelo ex-presidente da juventude pedetista em Santa Catarina, John Sievers Dias, em entrevista ao Estado publicada em setembro. Segundo ele, a ordem para receber da entidade sem trabalhar foi de Dias, na época presidente do PDT catarinense.
O ministro nega as irregularidades, atribuindo as denúncias a “fogo amigo”. A ADRVale, hoje inativa, sustenta que não houve repasses para “fantasmas” e que todos os funcionários listados em sua folha de pagamentos trabalharam efetivamente. AE
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