O comitê financeiro do candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, sentiu rapidamente os efeitos da passagem do tucano para o segundo turno.
Só nesta segunda-feira (6), dia seguinte à divulgação do resultado da primeira votação, a arrecadação da campanha subiu cerca de 15% em comparação com a média da semana anterior.
Ao ser questionado sobre a melhora na captação de recursos, o coordenador financeiro, José Gregori, respondeu com um sorriso: "Opa!"
"São financiadores que já iriam nos ajudar, mas optaram por antecipar a doação", disse. Depois que despencou nas pesquisas, em setembro, após a entrada da ex-senadora Marina Silva (PSB) na corrida presidencial, Aécio viu o ritmo de doações ao seu comitê cair drasticamente.
O volume de recursos não foi o único a crescer. Aécio, que passou as últimas semanas da campanha abordando pessoalmente os aliados para construir agendas, não deu conta de retornar a todas a ligações que recebeu segunda.
Em São Paulo, um auxiliar do presidenciável comentou a mudança, após anotar recado deixado para o tucano: "esse aqui não ligava há dois meses. Veja como são as coisas".
Aécio retomou a campanha nesta segunda. Ele desembarcou em São Paulo e se reuniu com o senador eleito José Serra (PSDB) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito.
Recebeu de ambos a garantia de que não haverá desmobilização no Estado.
Ao lado dos aliados, rebateu declarações da presidente Dilma Rousseff e disse esperar "uma campanha limpa". "Me surpreende a candidata falar de fantasmas do passado. Os brasileiros estão preocupados com os monstros do presente: inflação, recessão e corrupção", atacou.
Domingo (5), Dilma disse que o país lembraria os "fantasmas do passado" e evocou polêmicas da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
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