FOLHA
São 23 cômodos em três andares –incluindo sete suítes, duas cozinhas e sala de sinuca, mais 11 banheiros, piscina e garagem para 12 carros. Tudo com ar-condicionado para amenizar o calor da pacata Aguaí, cidade de 34 mil habitantes a 193 km de São Paulo.
A casa pertence a Roberto de Faria Torres, engenheiro da Prefeitura de São Paulo cujo salário é de cerca de R$ 4.000.
Servidor concursado, ele virou alvo de uma investigação do Ministério Público após ser flagrado pelo "Fantástico", da TV Globo, pedindo R$ 15 mil a um comerciante em troca de um laudo.
O documento tiraria o estabelecimento da CPI dos Alvarás, criada pela Câmara Municipal para verificar a situação de locais com capacidade para mais de 250 pessoas.
A CGM (Controladoria-Geral do Município) considera o patrimônio do servidor suspeito e, por isso, abriu uma investigação.
CARROS DE LUXO
Fã de carros antigos, Torres tem nove modelos de colecionador. Entre eles um Camaro branco conversível 1967, modelo avaliado em R$ 350 mil.
Na prefeitura desde 2006, Torres fiscalizava postos de gasolina e casas noturnas. A Folha revelou que, nos últimos cinco anos, ele adquiriu 19 imóveis –apartamentos de alto padrão, vagas em edifícios-garagem e boxes em prédios comerciais no Estado.
Vizinhos do engenheiro disseram, sob condição de anonimato, que ele e a família promovem grandes festas na casa. Convidados chegam em carros de luxo.
A Folha apurou que um dos frequentadores é o assessor do vereador Eduardo Tuma (PSDB) Antonio Pedace, também flagrado no vídeo.
Cedido pela prefeitura, Torres foi indicado para atuar na CPI dos Alvarás pelo vereador Adilson Amadeu (PTB). A Câmara enviou ao menos três pedidos para que a gestão Fernando Haddad (PT) o liberasse para a comissão.
Durante a CPI, outros vereadores receberam relatos de que Torres e Pedace estavam cobrando propina de comerciantes. Não fizeram denúncia formal, mas pressionaram Tuma para encerrar a CPI ou devolver Torres à prefeitura. Não conseguiram.
Antes de atuar na Secretaria de Licenciamentos, o engenheiro trabalhou na Secretaria da Habitação, a mesma de Hussain Aref Saab, que acumulou ao menos 106 imóveis de 2005 a 2012.
OUTRO LADO
A defesa de Roberto de Farias Torres afirma que o acúmulo de bens é proveniente de herança e sociedade com familiares, entre outros motivos.
anonimo
Rs..rs..Deveriam verificar a origem dos bens dos funcionários do BB aqui em Brasília.Terrenos, mansões, varias casas, com salários pouco condizentes com o que ostentam.Ou não ostentam.Têm, mas escondem.
Master
jose
celiavasconcelos