sábado, 10 de janeiro de 2015

De Pátria-Educadora a Pátria-Latifundiária ou Kátia Abreu merece ganhar o Prêmio Pinóquio da Mentira




Carlos Chagas
O Prêmio Pinóquio da semana vai para a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, por haver declarado que não existe latifúndio no Brasil. Apesar de desmentida pelo ministro Patrus Ananias, da Reforma Agrária, a senadora manteve a afirmação.



O mais estranho é que a presidente Dilma ficou calada, sempre tão preocupada em mandar seus ministros voltarem atrás em tudo aquilo que ela não concorda. Estaria concordando com a amiga ministra a respeito da inexistência de latifúndios?



Com os cortes orçamentários já anunciados pela equipe econômica, salta aos olhos a preferência do governo pela agricultura, em detrimento da educação. O ministério de Kátia Abreu deixará de receber pouco mais de 500 milhões. Já o ministério de Cid Gomes perderá 7 bilhões.


Mesmo diante das dotações bem maiores do ministério da Educação, quando comparadas com as do ministério da Agricultura, sobra a conclusão de sermos não a “Pátria-Educadora”, mas a “Pátria-Latifundiária”. Será pelo fato de que a agricultura dá lucro e a educação, prejuízo? Pelo jeito, Dilma não concorda com o raciocínio de que dinheiro gasto com educação é investimento. Se é despesa, tesoura nela…



SILÊNCIO INEXPLICÁVEL
Calou-se o PT quando, antes de empossado o novo ministério, o governo anunciou reduzir pela metade os direitos trabalhistas devidos a quem recebe o salário mínimo. Agora, faz-se de novo o silêncio diante dos cortes no orçamento da educação.


De tanto engolir sapos, os companheiros vão acabar explodindo. Talvez por isso registra-se a tendência de alguns deputados petistas votarem em Eduardo Cunha para presidente da Câmara.

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