Muitas pessoas portam cartazes e faixas com a frase, em francês, "Eu sou Charlie"
A comoção causada pelo atentado à sede do jornal satírico Charlie Hebdo motivou milhares de pessoas a se reunir espontaneamente em várias cidades da França para homenagear os 12 mortos, prestar solidariedade às famílias das vítimas e repudiar o ataque - que já é apontado por alguns veículos de imprensa franceses como um dos mais graves de toda a história do país.
Em Paris, onde a concentração foi convocada por sindicatos, entidades de classe e partidos políticos, uma multidão está concentrada na Praça da República, que fica próxima ao local do atentado. Muitas pessoas portam cartazes e faixas com a frase, em francês, “Eu sou Charlie”.
“As pessoas não entendem o que aconteceu”, disse à Agência Brasil a jornalista Karima Saidi, que esteve na vigília e, depois, acompanhou um grupo que marchou até a prefeitura parisiense. “O que mais me chamou a atenção foi o silêncio. Às vezes, algumas pessoas gritavam algo em defesa à liberdade de expressão, mas, na maior parte do tempo, há um silêncio completo. É um ambiente muito pesado”.
Karima lembrou alguns dos atentados que aterrorizaram os franceses nos últimos dois anos, a exemplo do cometido em 2012 contra uma escola judaica de Toulouse, no qual quatro crianças foram mortas.
A jornalista observou que, além da frase “Eu sou Charlie”, muitos dos cartazes e faixas expostos na vigília defendem que a melhor resposta ao terrorismo é mais democracia.
“As pessoas estão chocadas. O fato de não ter sido cometido com bombas, como das outras vezes, e de os alvos serem jornalistas contribui, mas a verdade é que há muito tempo um atentado não deixava tantos mortos”, acrescentou a jornalista.
Nascida na França, mas de ascendência árabe, Karima diz não ter presenciado nenhuma manifestação de xenofobia ou de intolerância religiosa. Segundo ela, neste momento, a maior parte das pessoas ainda está tentando entender o que aconteceu. Até esse momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado.
“A grande maioria tem quase que certeza de que o atentado se tratou de um ato religioso radical, mas há também os que se perguntam se não pode se tratar de uma ação de membros radicais da extrema direita para inflamar a situação. Como até o momento os terroristas não foram presos, as pessoas não estão apontando para um determinado grupo, mas sim se perguntando sobre os limites da liberdade de expressão”, finalizou a jornalista.
Fonte: Agência Brasil Jornal de Brasilia
Ataque em sede de revista em Paris deixou 12 mortos e 11 feridos.
O presidente francês François Hollande fez um pronunciamento ao país e
declarou luto nacional na França, após o atentado desta quarta-feira (7)
à revista "Charlie Hebdo", que deixou 12 mortos e 11 feridos.
Pelo menos 12 pessoas morreram e 11 ficaram feridas no atentado em Paris. O crime aconteceu no escritório da "Charlie Hebdo", que já havia sido alvo de um ataque no passado após publicar uma caricatura do profeta Maomé, o que irritou os muçulmanos.
Entre os mortos estão dois policiais e 10 funcionários da revista. Segundo o jornal "The Guardian", cinco mortos foram identificados. São eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous.
"Chargistas de muito talento foram mortos. Hoje eles são nossos heróis e, por isso, amanhã será dia de luto nacional. Ao meio dia haverá um momento de recolhimento no serviço público e convido toda a população a participar. As bandeiras serão baixadas por três dias", disse Hollande em pronunciamento nacional.
Hollande disse que o país deverá "responder a altura do crime que nos atinge" e pediu que a população francesa se una para enfrentar o episódio. "A nossa melhor arma é a nossa união. Nada pode nos dividir, nada deve nos separar", declarou. "A união de todos os nossos cidadãos durante essa dificuldade.
Devemos nos reunir diante dessa ameaça e ter capacidade de crer em nosso destino", acrescentou.
O presidente francês também disse que a segurança será reforçada nos locais públicos para evitar novas ameaças.
No atentado, dois homens armados entraram no prédio em que fica a redação do semanário, atiraram em um dos funcionários e renderam o outro no segundo andar do prédio, onde acontecia a reunião de pauta dos funcionários da publicação. Lá, atiraram e mataram 10 pessoas, sendo 8 jornalistas, um convidado e um policial encarregado da segurança.
Depois fugiram de carro, bateram em outro veículo e precisaram abandonar seu carro. Eles renderam um motorista e fugiram em outro carro. Os suspeitos ainda não foram encontrados.
Milhares de pessoas se reuniram nesta tarde em Paris, em homenagem às vítimas do sangrento atentado contra o semanário humorístico.
Em Paris, convocados por vários sindicatos, associações, meios de comunicação e partidos políticos, cerca de cinco mil pessoas se reuniram a partir das 17 horas (14 horas de Brasília) na praça da República, centro da capital, perto da sede do semanário.
Alguns usavam adesivos e cartazes onde se podia ler a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), que também circula nas redes sociais.
Cartunistas do mundo todotambém prestaram homenagens nas redes sociais e postaram tirinhas sobre o ataque.Blog do Aluizio Amorim
07/01/2015 17h50
Hollande declara luto nacional na França após atentado a revista
Ataque em sede de revista em Paris deixou 12 mortos e 11 feridos.
Suspeitos fugiram de carro e ainda não foram encontrados.
O
presidente francês Francois Hollande faz pronunciamento nacional após o
atentado à revista 'Charlie Hebdo' nesta quarta-feira (7) em Paris
(Foto: Reuters/Philippe Wojazer)
Pelo menos 12 pessoas morreram e 11 ficaram feridas no atentado em Paris. O crime aconteceu no escritório da "Charlie Hebdo", que já havia sido alvo de um ataque no passado após publicar uma caricatura do profeta Maomé, o que irritou os muçulmanos.
Entre os mortos estão dois policiais e 10 funcionários da revista. Segundo o jornal "The Guardian", cinco mortos foram identificados. São eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous.
"Chargistas de muito talento foram mortos. Hoje eles são nossos heróis e, por isso, amanhã será dia de luto nacional. Ao meio dia haverá um momento de recolhimento no serviço público e convido toda a população a participar. As bandeiras serão baixadas por três dias", disse Hollande em pronunciamento nacional.
Hollande disse que o país deverá "responder a altura do crime que nos atinge" e pediu que a população francesa se una para enfrentar o episódio. "A nossa melhor arma é a nossa união. Nada pode nos dividir, nada deve nos separar", declarou. "A união de todos os nossos cidadãos durante essa dificuldade.
Devemos nos reunir diante dessa ameaça e ter capacidade de crer em nosso destino", acrescentou.
O presidente francês também disse que a segurança será reforçada nos locais públicos para evitar novas ameaças.
No atentado, dois homens armados entraram no prédio em que fica a redação do semanário, atiraram em um dos funcionários e renderam o outro no segundo andar do prédio, onde acontecia a reunião de pauta dos funcionários da publicação. Lá, atiraram e mataram 10 pessoas, sendo 8 jornalistas, um convidado e um policial encarregado da segurança.
Depois fugiram de carro, bateram em outro veículo e precisaram abandonar seu carro. Eles renderam um motorista e fugiram em outro carro. Os suspeitos ainda não foram encontrados.
Pessoas
se reúnem na Praça Royale em Nantes, na França, em solidariedade às
vítimas do ataque por desconhecidos armados à redação da revista Charlie
Hebdo, onde 12 pessoas foram mortas (Foto: Georges Gobet/AFP)
Milhares de pessoas se reuniram nesta tarde em Paris, em homenagem às vítimas do sangrento atentado contra o semanário humorístico.
Em Paris, convocados por vários sindicatos, associações, meios de comunicação e partidos políticos, cerca de cinco mil pessoas se reuniram a partir das 17 horas (14 horas de Brasília) na praça da República, centro da capital, perto da sede do semanário.
Alguns usavam adesivos e cartazes onde se podia ler a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), que também circula nas redes sociais.
Cartunistas do mundo todotambém prestaram homenagens nas redes sociais e postaram tirinhas sobre o ataque.Blog do Aluizio Amorim
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