Construções feitas acima dos prédios contrariam o tombamento e o projeto original de Brasília
Quando
idealizou a capital do País, o urbanista Lucio Costa pensou em todos os
detalhes. E, para não perder a característica do horizonte infinito do
Planalto Central, fixou uma altura máxima dos prédios das superquadras
que compõem as asas Norte e Sul.
No entanto, os chamados “puxadinhos verticais” impedem que a vista se amplie como o planejado e inúmeras adaptações já fazem parte da paisagem.
As construções são realizadas acima dos prédios e contrariam o projeto original de Brasília, que, pelo padrão urbanístico, deveriam ter dois ou três andares. Pela legislação, inclusive, a ampliação é completamente irregular, já que a área é tombada pelo patrimônio histórico. Mesmo assim, não é difícil encontrar quem tenha dado um “jeitinho”.
Duplex
Na 404 Norte, é possível ver famílias morando no puxadinho, mas não há acesso direto àquele andar. Isso porque os apartamentos já existentes foram transformados em duplex e a entrada é interna. Famílias que moram de aluguel, e preferem não se identificar, contam que pagam até mais de R$ 2 mil pela locação da área.
“É como se fosse um apartamento de dois andares. Moro embaixo, mas lá em cima moram outras pessoas. Quando aluguei já era assim”, disse um dos moradores. Outro, que mora há três meses, diz que habita um apartamento de dois andares e, no andar de cima, há dois quartos e uma sala. “Aluguei com imobiliária”, revela.
O secretário Wilson Carvalho, 58 anos, mora há quase quatro décadas naquele local e garante: “As construções foram feitas há mais de cinco anos e sempre são aprimoradas”. Para ele, o temor é por acidentes. “As obras daqui são resistentes, mas, mesmo assim, criar um novo andar no prédio é perigoso. Pode desabar e colocar todo mundo em risco”, alerta.
Outra moradora, Aparecida Guerra, 61, lembra que “para todo lado se encontra um puxadinho e acredita que “o governo sempre fechou os olhos para essa situação”. Ampliações na 708 Norte já chamam por aluguéis, e a construção de mais dois andares na 502 Sul também se destaca. A obra, de alvenaria, tem canos expostos na área externa que evidenciam o improviso da obra.
No entanto, os chamados “puxadinhos verticais” impedem que a vista se amplie como o planejado e inúmeras adaptações já fazem parte da paisagem.
As construções são realizadas acima dos prédios e contrariam o projeto original de Brasília, que, pelo padrão urbanístico, deveriam ter dois ou três andares. Pela legislação, inclusive, a ampliação é completamente irregular, já que a área é tombada pelo patrimônio histórico. Mesmo assim, não é difícil encontrar quem tenha dado um “jeitinho”.
Duplex
Na 404 Norte, é possível ver famílias morando no puxadinho, mas não há acesso direto àquele andar. Isso porque os apartamentos já existentes foram transformados em duplex e a entrada é interna. Famílias que moram de aluguel, e preferem não se identificar, contam que pagam até mais de R$ 2 mil pela locação da área.
“É como se fosse um apartamento de dois andares. Moro embaixo, mas lá em cima moram outras pessoas. Quando aluguei já era assim”, disse um dos moradores. Outro, que mora há três meses, diz que habita um apartamento de dois andares e, no andar de cima, há dois quartos e uma sala. “Aluguei com imobiliária”, revela.
O secretário Wilson Carvalho, 58 anos, mora há quase quatro décadas naquele local e garante: “As construções foram feitas há mais de cinco anos e sempre são aprimoradas”. Para ele, o temor é por acidentes. “As obras daqui são resistentes, mas, mesmo assim, criar um novo andar no prédio é perigoso. Pode desabar e colocar todo mundo em risco”, alerta.
Outra moradora, Aparecida Guerra, 61, lembra que “para todo lado se encontra um puxadinho e acredita que “o governo sempre fechou os olhos para essa situação”. Ampliações na 708 Norte já chamam por aluguéis, e a construção de mais dois andares na 502 Sul também se destaca. A obra, de alvenaria, tem canos expostos na área externa que evidenciam o improviso da obra.
Horizontais são prioridade
“Não estamos ignorando a situação. Pelo contrário, é gravíssima”,
afirma Bruna Pinheiro, diretora-presidente da Agência de Fiscalização do
Distrito Federal (Agefis). No entanto, a situação considerada mais
grave e prioritária pelo governo são os puxadinhos horizontais. Ela
informa que o governo realiza uma série de levantamentos a respeito das
ocupações irregulares, mas ainda não há previsão de conclusão.
Com isso feito, a Agefis iniciará uma programação fiscal com
aplicação de multa mensal que dobrará a cada mês, culminando em
inscrição na dívida ativa, “até que fique tão caro que quem construiu
prefira retirar a obra”.
“inviolável”
Bruna Pinheiro revela que uma dificuldade de findar os puxadinhos
verticais é que, como o acesso geralmente é feito por dentro das
residências, “usam a prerrogativa de que o lar é inviolável”. “Mas temos
outras formas de coibir, como as multas, que são tão eficientes
quanto”, pondera.
A titular da pasta reafirma que o governo não será conivente com novas ocupações irregulares.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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