Olha só o naipe de estadistas: a coisa vem de longe... |
O sociólogo
Luciano Coutinho, mantido na presidência do generoso BNDES há mais de
uma década, andou pela Câmara para tentar botar panos quentes na
abertura de uma CPI sobre os contratos do banco. Vale lembrar que essa
caixa preta injetou dinheiro em países dominados por ditaduras
sanguinárias na África, sempre favorecendo empreiteiras hoje enroladas
no petrolão. Tem dinheiro (sigiloso!) até no porto de Mariel, em Cuba,
sem falar nas vizinhas Bolívia e Venezuela. Aí está o clube do trilhão. É
só investigar:
O
presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social), Luciano Coutinho, procurou parlamentares da base aliada do
governo Dilma Rousseff nesta quarta-feira (25) para pedir que o
Congresso barre a instalação de uma CPI para investigar contratos de
financiamento feitos pelo banco nas gestões do PT.
A Folha
apurou que Coutinho entrou em contato com pelo menos três senadores para
argumentar que o pedido de criação da comissão elaborado pela oposição
era meramente político e poderia prejudicar operações sigilosas do
BNDES.
O
presidente do banco demonstrou preocupação com a divulgação de
informações sobre contratos estratégicos e internacionais na CPI, o que
poderia provocar prejuízos para o BNDES. Aliados de Dilma argumentam
reservadamente que a comissão poderia prejudicar a imagem do banco,
assim como ocorreu com a Petrobras.
O pedido
de investigação da oposição cita irregularidades em empréstimos
concedidos pelo banco "a partir do ano de 2006", no fim do primeiro
mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os
alvos da CPI estão empréstimos que beneficiaram empreendimentos no
exterior, como Cuba, Venezuela, Equador e Angola. O governo teme que a
oposição use a comissão para atacar o financiamento das obras do porto
cubano de Mariel.
O
requerimento de criação da comissão também quer investigar contratos com
empresas brasileiras como a JBS e a Sete Brasil, fornecedora de navios
plataformas e sondas para exploração da Petrobras no pré-sal.
Segundo a
Folha apurou, emissários de grandes empresas beneficiadas pelo BNDES
procuraram aliados do governo em busca de apoio para barrar a CPI,
temendo uma devassa dos contratos do banco com o setor privado.
Até a
tarde desta quarta-feira, 15 senadores haviam assinado o requerimento de
instalação de uma CPI mista para investigar as operações do BNDES. Para
a criação da comissão, são necessárias assinaturas de 27 senadores e de
171 deputados.
Aliados do governo pretendem trabalhar para que parlamentares de partidos da base aliada não assinem o requerimento. (Folha Poder).
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