quinta-feira, 12 de março de 2015

Tesoureiro da campanha de Dilma que empreiteiro diz estar “preocupadíssimo” escreve carta aberta cobrando que o PT reaja à… direita golpista!!!


Ah, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014 está inconformado com o que considera passividade de seu partido. Ele até redigiu uma carta aberta expressando esse seu inconformismo. Sim, claro, quer que os responsáveis pela roubalheira sejam punidos. Afinal, vocês sabem, ele é um homem honrado. Só não se conforma com o que considera a paralisia da legenda.
Erros? Ele até admite alguns. Mas não os que vocês possam eventualmente estar pensado. O principal, segundo diz, é este: “Nunca na nossa história assimilamos com tanta facilidade o discurso oportunista de uma direita golpista e nunca estivemos tão paralisados”. Onde estaria a direita golpista brasileira? Certamente não são os empreiteiros, por exemplo. Boa parte está na cadeia, incapaz de dar um golpe, não é mesmo?
Edinho cobra uma reação do binômio PT/governo. Faz sentido. Ao longo de sua história, essa gente nunca distinguiu o aparelho partidário da máquina do estado. Para eles, tudo é uma coisa só. Devem-se somar à equação também as entidades sindicais e os ditos movimentos sociais — aqueles que formam, em suma, a nova elite patrimonialista brasileira. Como um aprendiz de Zé Dirceu, ele conclama: “É hora de pegarmos nossa história nas mãos e irmos para a luta política”. É o mesmo vocabulário.
Que coisa! A carta de Edinho vem a público dois dias depois de Pedro Barusco ter dito na CPI que a roubalheira institucionalizada na Petrobras começou mesmo em 2003, com a chegada do PT ao poder, e que, em 2010, a campanha de Dilma recebeu R$ 300 mil do esquema.
 

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