Joaquim Levy não foi ao anúncio do arrocho da Dilma, não só porque achou
que as medidas deveriam ser mais duras e menos maquiadas. Por exemplo, a
receita prevista de R$ 1,158 trilhão jamais será alcançada, mas o
governo manteve a mentira. Levy queria um número mais realista.
No
entanto, o que doeu mesmo foi a decisão da Dilma de mexer no lucro dos
bancos, entre eles o Bradesco, de onde é o ministro. Segundo a Folha,
ele havia pedido que a medida
provisória que aumentou de 15% para 20% a taxação dos bancos via CSLL
(Contribuição Social sobre Lucro Líquido) fosse editada um pouco mais
para frente. Queria ter mais tempo para dialogar com o setor financeiro e
evitar uma taxação surpresa. Falar com os patrões.
Dilma não deu
ouvidos e a MP foi publicada no "Diário Oficial" de sexta, dia do
anúncio
do corte. Para demonstrar a sua insatisfação, Levy não foi ao evento do
anúncio. No sábado, sua cabeça foi pedida aos brados em reunião petista
em São Paulo, onde estavam vários ministros. Ao que tudo indica, existe
vontade de ambas as partes e o ministro banqueiro pode estar pedindo
demissão.
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