A Imbecilidade Artificial no Brasil
O Google desenvolve um novo algoritmo que pretende
traduzir pensamentos em sequências de números, para funcionarem como “vetores
de pensamento”. O plano é transformar os softwares atuais em versões
sofisticadas capazes de agir e interagir como humanos.
O “vetor de pensamento”
será capaz de romper duas grandes barreiras no campo da inteligência
artificial: alcançar a linguagem natural, para conversas, e a habilidade de
usar a lógica.
As pessoas poderão conversar com seus computadores, e as
máquinas também vão dialogar entre elas. Toda esta promessa é do cientista
Geoff Hinton ao jornal britânico The Guardian.
Estamos preparados para tal realidade que será inevitável?
Provavelmente, sim, porque o ser humano tem incomparável capacidade de
adaptação - tanto às situações favoráveis quanto àquelas de dificuldade. A
grande maioria dos brasileiros se inclui neste segundo caso. No entanto, tem um
probleminha agravante. Por aqui, temos o mal costume de ser coniventes com
muitos erros.
Demoramos a tomar decisões corretas. Pior ainda, persistimos nos
equívocos, agindo conforme conceitos errados que nos levam a conclusões imbecis
e consequências erráticas - quando não trágicas. Enfim, parece que uma
imbecilidade nada artificial domina o Brasil.
Exemplos abundam. Organizadores garantem que havia mais de 10 mil pessoas no sábado, 23 de maio, na 8ª edição da Marcha da Maconha, da Avenida Paulista até o Largo de São Francisco, no prédio da Secretaria de Segurança Pública.
A Polícia Militar, que foi "desconvidada" ao
evento, acompanhou de frente e por trás. A PM avaliou que havia 4 mil
manifestantes.
Inegavelmente com milhares de pessoas, o evento começou às 16h20min
- já que o número 420 é um símbolo reconhecido internacionalmente como ligado à
maconha.
Os manifestantes distribuíram flores. A justificativa era:
se “opor à violência policial". Muitos vestiam chapéus de papelão com o
formato de uma folha de “cannabis”. Cartazes destacavam algumas frases: “da
proibição nasce o tráfico”, “basta de guerra: por outra política de drogas” e
“Ei, polícia, maconha é uma delícia”. Alguns fumaram maconha...
Questão de
coerência entre o discurso e a prática... O ato terminou por volta das 19
horas. Interessante é quanta gente consegue se unir na defesa da maconha. Não
só para descriminalizar seu uso, mas, efetivamente, para defender o direito de
usá-la.
[são em situações destas que a tentação de transportar a famigerada
apologia ao crime - chamada no Brasil com o aval das tolerantes
autoridades brasileiras de 'marcha da maconha' - para a Praça Celestial
em Pequim.
Lá o assunto seria definitivamente solucionado. Lembram???]
Intelectuais compareceram para justificar a marcha. A
antropóloga Sandra Goulart foi direta na explicação:
"A população está
pedindo democraticamente a mudança da política contra as drogas. A repressão
não resolveu eventuais usos abusivos. Pelo contrário, surgiram problemas de
saúde, porque o usuário é marginalizado, e de criminalidade, ligado ao tráfico".
[o usuário não é marginalizado - ele já é um marginal e graças a ele é que o tráfico aumenta = não havendo demanda as razões para traficar cessam.]
O professor de História da Universidade de São Paulo (USP) Henrique Carneiro,
deu uma aula pública no ato, onde ensinou: "Essa marcha defende um direito
muito maior do que o de uma parcela da população fumar um cigarro que faz menos
mal que o tabaco. Ela defende o direito de cada um governar a si mesmo, de
escolher o que quer ou não fazer, contra uma imposição de abstinência
compulsória pelo Estado".
[esse
senhor, professor de História, deve achar que o 'di menor' que matou o
médico na Lagoa estava exercendo o direito de escolher o que quer ou não
fazer.
Afinal,
o 'di menor' era vítima de uma abstinência compulsória - a proibição de
roubar - e optou por fazer o que queira: roubar, mesmo que matando.]
Havia mais gente na Marcha da Maconha que no segundo dia
do 5º Congresso Estadual do PT. O assessor especial da Presidência da República
para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio TOP TOP Garcia, não aguentou o ambiente
semi-desértico e extravasou:
"Como fundador e alguém que militou 35 anos
no partido, nunca vi uma reunião do PT tão vazia como essa. Vazia ontem
(sexta-feira), quando se anunciava que Lula viria. Esvaziada hoje (sábado),
quando no passado se disputava um crachá. Isso é um sintoma grave de uma crise
que nos atinge de forma objetiva e subjetiva".
MAG reclamou das diferentes tendências do PT, lamuriando que atualmente elas atendem mais a interesses pessoais do que a discussão de ideias.
MAG também constatou que muitos militantes não se sentem mais representados pelo PT. Insistindo na tese de que os mais perigosos críticos do partido vêm das classes que migraram socialmente, MAG fez uma leitura conjuntural inesperada:
"Isso significa que perdemos a batalha política. Significa que não conseguimos ganhar politicamente aqueles que foram os grandes beneficiários das nossas políticas de inclusão social. Isso é sim responsabilidade do governo, mas é muito mais uma responsabilidade do nosso partido".
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