Os políticos estão em seus currais, de costas para a sociedade
Por Rogério Jordão | Rogério Jordão – sex, 29 de mai de 2015Ou seja: aos políticos locais interessa manter um estado de precariedade, no qual eles, os agentes políticos, possam ser os intermediários de verbas, de ajuda etc. Na visão desses jovens, o desenvolvimento pessoal, econômico, cultural do cidadão é visto como ameaça a um sistema político que se equilibra na troca de favores e votos.
Quando as forças políticas hegemônicas agem na Câmara para nada mudar, agem para manter o status quo; pensam segundo a lógica dos currais eleitorais. Como sair da lama assim?
Tirando o fim da reeleição, que nos faz retornar ao que era antes de 1997, e uma pífia cláusula de barreiras (que vai penalizar apenas partidos inexpressivos), a semana se encerra com votações que não mexem em nada essencial. O sistema eleitoral resta intacto e o financiamento privado de campanha foi aprovado ou “constitucionalizado” (lembrando que as medidas serão votadas ainda pelo Senado).
Depois das manifestações de junho de 2013, de uma campanha presidencial na qual os principais candidatos enfatizaram a necessidade de uma reforma profunda e das seguidas pesquisas de opinião que mostram um pico de rejeição aos partidos em geral, a Câmara não conseguiu parir, sequer, um rato. Os parlamentares não se mostraram interessados em encarar de frente a grave crise de representatividade que assola o sistema político; a nau parlamentar, fragmentada em 28 legendas, decidiu não embicar para lugar algum.
Como se a política tal qual está hoje não fosse parte do nó-Brasil. Vai desatar um dia?
Siga-me no tiwtter! (@rogerjord)Imagem:SenadoFederal/Flickr
Nenhum comentário:
Postar um comentário