Desde 2010, a NOAA, a agência americana que cuida dos oceanos, identificou 1.395 golfinhos encalhados em suas praias no sul dos Estados Unidos, na região do Golfo do México.
Desses, 96% morreram. Por muito tempo, ambientalistas acusaram a BP, empresa responsável por um vazamento de petróleo gigante na região, mas a ciência não tinha provas conclusivas de que as mortes eram causadas pelo petróleo.
Agora tem. Um novo estudo publicado na quarta-feira na revista científica PLOS One liga diretamente a contaminação de petróleo com a morte dos animais.
O estudo analisou a causa da morte dos golfinhos do Golfo do México, e descobriu que a maioria deles tinha lesões nos pulmões e rins. Esses tipos de lesões são raras em golfinhos da espécie, mas são completamente consistentes com os danos causados em mamíferos marinhos pela exposição ao petróleo.
Os pesquisadores também descobriram que a exposição ao petróleo deixou os golfinhos mais vulneráveis a doenças causadas por bactérias. Normalmente, apenas 2% deles morrem por pneumonia causada por bactéria, mas nos golfinhos contaminados, essa porcentagem subiu para 20%.
Um dia após a publicação dos resultados, os Estados Unidos enfrentam um novo vazamento de petróleo, desta vez no litoral da Califórnia, mas não tão grande quando o da BP. O Brasil também sofre com vazamentos com alguma frequência - como o da Petrobras, em 2013, e o da Chevron, em 2011.
O impacto desse tipo de contaminação na vida marinha ainda não é totalmente conhecido pela ciência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário