Cerca
de 30 pessoas fizeram na noite deste domingo uma vigília em frente à
sede da construtora Odebrecht, na Zona Sul de São Paulo. Segundo Carla
Zambelli, uma das fundadoras do movimento NasRuas, a intenção do ato é
pressionar o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, preso na
sexta-feira na operação Lava-Jato, a revelar os nomes dos políticos que
se beneficiaram com o esquema de corrupção montado na Petrobras.
O
grupo, que fez a convocação pelas redes sociais, escreveu, com velas
acesas colocadas no chão, a frase "Fala Marcelo", um pedido para que o
empresário fale tudo que sabe sobre os envolvidos no esquema de desvio
de recursos na estatal. Parte do grupo que participou do protesto,
integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), tinha participado, no
sábado, de um protesto em frente ao Consulado da Venezuela.
— A
intenção é pedir que o Marcelo, ou o seu pai (Emílio Odebrecht),
entreguem de preferência o Lula (Luiz Inácio Lula da Sila,
ex-presidente) e a presidente Dilma (Rousseff) — disse Carla, que não
descartou que o empresário também revele o nome de políticos de outros
partidos.
Segundo
ela, a ideia de fazer a vigília em frente o prédio da construtora
surgiu depois que a revista “Época” divulgou que o empresário teria
ameaçado “derrubar a República”, antes de ser preso e levado para a
carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba.
Os
manifestantes gritavam frases como: “Fala, Marcelo.
Entrega o chefão e
não vá para prisão” e “Fora Dilma. Fora PT. Fora Lula”. No megafone, uma
das manifestantes pedia para Marcelo Odebrecht “ter coragem” e entregar
“Lula e Dilma”. O grupo cantou o hino nacional e homenageou o juiz
Sergio Moro com uma salva de palmas.
O
movimento NasRuas, de acordo com sua página na internet, reúne cerca de
70 grupos do Facebook e páginas oficiais em todo o país. Fundado em
julho de 2011, o grupo se define como um movimento social contra à
corrupção, a impunidade e o mal uso do dinheiro público.
Em
nota, a Odebrecht informou que “respeita todo tipo de manifestação
pacífica". A vigília ocorreu sem incidentes e o grupo se reuniu na
calçada em frente ao edifício da empresa, em São Paulo. Do site de O Globo
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