'JUS SPERNIANDI' NÃO SALVARÁ MARCELO ODEBRECHT DE CONDENAÇÃO NO PROCESSO DO PETROLÃO. A MENOS QUE CONTE TUDO O QUE SABE SOBRE A ROUBALHEIRA POR MEIO DE DELAÇÃO PREMIADA.
A
defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht decidiu atacar nesta
segunda-feira o juiz Sergio Moro, integrantes do Ministério Público e a
Polícia Federal em petição enviada à Justiça Federal em Curitiba (PR).
Os advogados se recusaram a explicar as mensagens cifradas encontradas
no telefone celular do empreiteiro e as referências a siglas que,
segundo os investigadores, podem estar relacionadas a políticos como o
ex-presidente Lula, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o
senador José Serra (PSDB) e o governador de Minas Gerais Fernando
Pimentel (PT). Terminava hoje o prazo para que os defensores explicassem
o contexto de cada mensagem apreendida.
Relatório
da Polícia Federal com base em mensagens extraídas do celular de
Marcelo revela o amplo leque de políticos com os quais ele tinha contato
e seu esforço para utilizar siglas e mensagens codificadas para anotar
as ações. De acordo com o documento, ele lançou mão de uma estratégia de
confrontar as investigações da Lava Jato que contaria com "policiais
federais dissidentes", dupla postura perante a opinião pública, apoio
estratégico de integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e
ataques às apurações internas da Petrobras. A PF avalia que o
empreiteiro buscava criar "obstáculos" e "cortinas de fumaça" contra a
operação Lava Jato.
Em
manifestação entregue a Moro, a defesa de Odebrecht classificou a
atuação do MP como "intolerável" por ter utilizado "documentos velhos de
autenticidade duvidosíssima" e uma "artificiosa correlação entre
telefonemas" para incriminar o empreiteiro. Depois de identificar 135
telefonemas entre o diretor da Odebrecht Rogério Araújo e o operador de
propinas da empreiteira Bernardo Freiburghaus, a Lava Jato também mapeou
que o executivo da construtora manteve conversas com o presidente do
grupo, Marcelo Odebrecht, poucas horas depois de ter falado com
Freiburghaus.
De dezessete conversas telefônicas ou mensagens de texto
entre Araújo e Odebrecht, quatro delas aconteceram em dias nos quais o
executivo também havia conversado com Freiburghaus. Para os
investigadores do petrolão, a coincidência entre os telefonemas e
mensagens indica que Marcelo Odebrecht tinha amplo conhecimento e
atuação na negociação de propinas pagas pela empreiteira.
O juiz
Sergio Moro também é alvo das críticas por ter decretado nova prisão
preventiva do executivo e por ter utilizado as mensagens do celular do
empresário no decreto que determinou sua nova detenção. Para ler sobre a choradeira dos advogados de Marcelinho clique AQUI
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