terça-feira, 28 de julho de 2015

Cunha na ofensiva contra o governo.




(Folha) O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tratou publicamente como favas contadas que o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitará, em parecer, as contas de 2014 de Dilma Rousseff.A análise das "pedaladas fiscais" é uma das apostas da oposição para sustentar um pedido de impeachment da presidente no Congresso. 
 
Cunha falou sobre o assunto em palestra a empresários, nesta segunda-feira (27), em São Paulo. Começou de forma didática: "O TCU vai proferir um parecer pela aprovação ou pela rejeição das contas. Caberá ao Congresso votar esse parecer". 
 
Na sequência, fez sua previsão. "Se a Comissão Mista de Orçamento acolher o parecer do tribunal, faz uma proposta de decreto legislativo pela rejeição." Ele disse ser importante explicar que a palavra final é do Congresso para evitar "frustrações". 
 
A fala foi repleta de críticas ao PT e à presidente Dilma. Ele disse que a sigla está abaixo do volume morto e é mais impopular do que a petista. Afirmou ainda que os pedidos de impeachment serão analisados sob ótica jurídica. Acusado por um dos delatores da Lava Jato de ter recebido US$ 5 milhões em propina, disse ver as "digitais" do governo no caso e que o Planalto não o "engole e, de certa forma, teme a continuidade" do seu trabalho. 
 
Cunha ainda rebateu os que defendem sua saída da chefia da Câmara. "Se pedem em relação a mim, deviam começar pedindo o afastamento de ministros e, talvez, discutindo o da presidente." 
 
 
Durante todo o evento, deu sinais de que permanecerá na ofensiva. "A história não reserva espaço a covardes." 
 
 

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