(Veja) O mercado financeiro voltou nesta segunda-feira a aumentar a
estimativa da inflação para 2015, desta vez de 9,04% para 9,12%. Esta é a
décima terceira semana consecutiva em que a projeção é ajustada para
cima. Com isso, consolida-se a perspectiva de que o Índice de preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassará a barreira dos 9% neste ano, muito
acima do teto da meta, de 6,5%, e mais longe ainda do centro dela, de
4,5%.
As informações constam do boletim Focus, que é divulgado semanalmente
pelo Banco Central e é produzido a partir das estimativas de mais de
cem instituições financeiras. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os analistas mantiveram a
perspectiva de queda de 1,50%. Se ela for concretizada, será o pior
desempenho da economia brasileira desde 1990, quando foi verificada
retração de 4,35%.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) informou que o IPCA subiu 0,79% em junho, atingindo a casa dos 6,17% no primeiro semestre
- o maior porcentual em doze anos. Segundo o instituto, o preço da
conta de luz e dos alimentos foram os grandes responsáveis pela escalada
da inflação.
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