Dra.
Rebecca Oas
NOVA IORQUE, EUA, agosto (C-Fam) Por mais de
duas décadas, a ONU tem mantido um compromisso: o aborto não é um direito
humano, mas onde é legal, deveria ser seguro — pelo menos, para a mãe. A
Federação de Planejamento Familiar há muito tempo busca corroer as proteções
legais para os bebês em gestação, mas eventos recentes revelam que o provedor
mundial de abortos tem pouca consideração pela lei, ao mesmo tempo em que
recebe a maioria de seu financiamento de verbas governamentais.
Uma série de vídeos secretos do Centro de
Progresso Médico revelam funcionários de nível elevado na Federação de
Planejamento Familiar nos EUA pechinchando preços mais elevados para cérebros,
pulmões e fígados de bebês abortados para uso em pesquisa médica. Um vídeo
mostra seu diretor mais importante de serviços médicos discutindo
abortos de nascimento parcial — que ela descreve como “não um termo médico, não
existe na realidade.” Mas é um termo legal, e ela se refere à lei que proíbe o
procedimento como “uma lei, e leis estão prontas para serem interpretadas.”
Agora, legisladores nos EUA e Europa estão debatendo
os méritos de tirar o financiamento governamental da Federação de Planejamento
Familiar, e seus apoiadores estão tentando minimizar a importância do aborto
entre os serviços que fornece. Mas Tewodros Melesse, o diretor-geral da
Federação Internacional de Planejamento Familiar (conhecida pela sigla em
inglês IPPF), com sede em Londres, tem uma postura mais desafiadora. Ele
publicou um artigo
no Huffington Post na semana passada defendendo o aborto, e a missão da IPPF de
provê-lo, independente da lei.
Melesse argumenta: “Se [às mulheres] que não querem
continuar com uma gravidez são negados seu direito a um aborto por meios legais
e seguros, elas buscarão um aborto inseguro.” Contudo, não existe nenhuma lei
ou direito internacional ao aborto que suplante as leis nacionais.
Melesse também admite que as leis que protegem as
crianças em gestação não detêm as mulheres de obter um aborto. A abordagem da
IPPF para “ambientes em que o aborto é muito restrito” é “redução de danos,”
que ele resume como “garantir que as mulheres tenham as informações, recursos e
apoio para terminar uma gravidez indesejada com segurança” fornecendo
“informações acuradas e abrangentes sobre suas opções, de modo que elas possam
fazer uma escolha plenamente informada.”
A IPPF não está trabalhando só — em anos recentes, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou múltiplas notas de orientação
com o objetivo de “desmedicalizar” o aborto expandindo
o grupo de provedores para incluir enfermeiras e parteiras e potencialmente as
próprias mães. Grupos pró-aborto têm feito
um lobby bem-sucedido na OMS para incluir o misoprostol — que
pode induzir o aborto — em sua “lista de medicamentos essenciais” para garantir
sua disponibilidade fácil em todas as comunidades.
O que a IPPF e a OMS, junto com o lobby pró-aborto
internacional, têm em comum é o financiamento de governos ricos — as mesmas
nações que têm feito campanhas bem-sucedidas para criar um direito humano ao
aborto dentro da ONU e outras instituições internacionais. A IPPF recebe 72% de
seu financiamento de verbas governamentais — particularmente de países nórdicos
e europeus — de acordo com seu relatório
financeiro de 2014. O recente guia da OMS sobre a ampliação da categoria
de provedores de aborto semelhantemente recebeu apoio do governo norueguês.
Diferente da OMS, a IPPF não recebe seu mandato de
países que fazem doações, porém em vez disso tem encontrado nações ricas
dispostas a promover sua agenda pré-existente. Mas como revelam recentes
declarações de autoridades da Federação de Planejamento Familiar, o acordo
internacional que tinha como objetivo permitir que países pró-vida protegessem
suas crianças em gestação está sob ameaça de uma organização, financiada por
governos estrangeiros pró-aborto, que se crê estar acima da lei.
Tradução:
Julio Severo
Fonte:
Friday
Fax
Divulgação:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
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HIV
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