No meio, Luís Adams, da famíglia Adams do PT. |
O
Grotão lulista já perdeu completamente o senso de realidade. Para
esconder os crimes do governo Dilma contra os cofres públicos, quer
mudar o relator do TCU, Augusto Nardes, que não esconde, justamente, os
crimes. Que isto sirva de exemplo para os demais ministros do TCU. Bom
lembrarem, sempre, de cordas em postos de gasolina:
O
governo vai pedir a suspensão do processo de julgamento de contas ao
Tribunal de Contas da União (TCU). O argumento central do governo é de
que o ministro relator do processo, Augusto Nardes, tem vazado
reiteradamente seu voto, que é pela reprovação das contas. Essa postura,
que é vedada por lei, teria constrangido os demais ministros da corte.
O
pedido do governo será enviado à Corregedoria do TCU nesta
segunda-feira, 5, com a defesa de que há "vício" no processo relatado
por Nardes. Em termos práticos, a medida pede a substituição do relator,
por conta de "suspeição".
Se a Corregedoria acatar o pleito, enviará sua demanda à presidência
do tribunal, que terá de submeter o pedido do governo ao plenário da
corte, ou seja, os próprios colegas de Nardes terão de julgar a sua
conduta à frente do processo.
"É vedado ao ministro do tribunal que, por qualquer meio de
comunicação, expresse opinião sobre processo pendente", declarou Luís
Inácio Adams, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).
Segundo Adams, o governo colheu mais de 2 mil páginas de reportagens
nas quais Nardes deixa clara a sua intenção de reprovar as contas do
governo Dilma Rousseff (PT) de 2014. Perguntado por que, só agora,
decidiu pedir a suspeição de Nardes, Adams disse que o posicionamento do
ministro do TCU se tornou mais claro desde o dia 11 de setembro, quando
o governo entregou uma última parte de suas defesas.
"Essa reiterada manifestação vem em claro conflito com uma regra que
se dirige aos magistrados. Não estamos falando de agentes políticos, mas
magistrados que têm regras de comportamento", disse Adams. "Essa
lógica, essa manifestação reiterada gerou um movimento de
constrangimento, como já noticiado pela imprensa."
Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
disse que o governo tem "absoluta convicção que não existe motivos ou
justa causa para reprovação das contas".
"Consideramos lamentável a postura de alguns setores oposicionistas
que querem transformar as contas em cenário de disputa política",
declarou. "Setores oposicionistas têm ido ao TCU para pressionar, na
tentativa de constranger aqueles que vão julgar. Acho profundamente
lamentável que isso ocorra. Como se lá fosse realizado um julgamento
político."
O ministro do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG),
Nelson Barbosa, reafirmou que "todas as medidas foram feitas com amparo
legal e seguiram o que foi aplicado em todos os anos anteriores".
"Os pontos apontados podem ser objeto de aperfeiçoamento. E como isso
é feito? É feito para frente. Reafirmamos que as operações de repasse
de recursos não são operação de crédito, mas de repasse", disse Barbosa,
que também defendeu que não houve operação de crédito nas equalizações
de taxas de juros.
"São discussões técnicas, que respeitaram a legislação em vigor, mas
que podem ser aperfeiçoadas, e qualquer mudança deve ser aplicada daqui
para frente", declarou. (Estadão).
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