segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Coluna Cláudio Humberto


30 de Novembro de 2015
“Forças ocultas do governo”, segundo membros da CPI dos Fundos de Pensão, tentam barrar as investigações da comissão que apura o rombo dos fundos de pensão de empresas estatais, que lesou milhares de aposentados. Os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) seriam os responsáveis pela frente governista contra a comissão na Câmara. Ordem seria “sufocar” a CPI
O Planalto quer evitar que o ex-tesoureiro petista preso João Vaccari Neto negocie acordo de delação premiada com o Ministério Público.
O Planalto e a cúpula petista temem “efeito devastador” de possível delação do responsável por finanças do PT nas campanhas eleitorais.
“A CPI reforça a tese do juiz Sérgio Moro” de que a Lava Jato é maior que a Petrobras, avaliou o presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB).
A CPI se concentra em investimentos do Postalis, fundo dos Correios, que acumula déficit de R$ 5,6 bilhões no Bank of New York (BNY).

A insistência da Caixa em manter sob sigilo os ganhadores dos milionários prêmios das loterias reforça suspeitas sobre o uso do dinheiro dos sorteios em esquemas de lavagem de dinheiro, por exemplo. Mexer nisso é como cutucar vespeiro: autor de um projeto que obrigava a Caixa a divulgar a identidade dos ganhadores de loteria, o ex-senador Gerson Camata (PMDB-ES) sofreu várias ameaças.
A Caixa alega “questão de segurança” para manter o segredo. Só no Brasil apostadores de loteria não têm direito de saber quem venceu.
Projeto de Álvaro Dias (PSDB-PR), sobre o qual se senta o relator José Pimentel (PT-CE), prevê “banco de dados” identificando ganhadores.
Álvaro Dias apresentou seu projeto após alguém ser “premiado” mais de 500 vezes. “Um outro ganhou mais de 240 vezes em um mês”, diz.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que até segunda (30) decide sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma. O despacho será em bloco, vai resolver todos de uma só vez.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) não vai esperar a Mesa do Senado sair da inércia e denunciar Delcídio do Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética. Garante que nesta semana representa contra o senador preso.
A OAS, empreiteira do petrolão com contratos milionários na Petrobras, pagou a reforma do sítio da família Lula em Atibaia (SP), segundo Veja, numa articulação de Bumlai. E Lula não é considerado suspeito?
O Portal da Transparência, site gerenciado pela Controladoria-Geral da União, que deveria conter todos os gastos do governo federal, parou de contabilizar como o governo Dilma gasta o dinheiro dos contribuintes.
Não há atualização para os gastos com cartões corporativos desde agosto; do Bolsa Família, desde setembro, assim como a conta de diárias pagas, transferências aos estados e a dívida pública da União.
A pauta da próxima reunião da articulação do Planalto já está definida: Delcídio do Amaral. Mas até a prisão do líder do governo no Senado, Dilma havia convocado seus ministros para saber por que seu governo está tendo tantas dificuldades em aprovar projetos no Congresso.
“Estamos vivendo uma crise continuada”, ironiza o deputado Danilo Fortes (PSB-CE), sobre a prisão de Delcídio do Amaral. Segundo ele, chegou a hora de discutir a implantação do Parlamentarismo no Brasil.
“A prisão do Bumlai mostra que a CPI do BNDES está no caminho certo”, afirma o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) sobre a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula.
O rombo das contas do governo para 2016 era, em outubro, de R$ 33 bilhões. Passou para R$ 52 bilhões, e agora são R$ 120 bilhões.

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