quinta-feira, 12 de novembro de 2015

OS NÚMEROS NÃO MENTEM: CRISE ECONÔMICA AUMENTA SEM PARAR




A queda na produção industrial foi um pouco menor do que o esperado para setembro em relação a agosto, divulgou o IBGE: -1,3%. Em relação a setembro de 2014, também foi um pouco menor que a queda esperada: -10,9%. De qualquer forma, a retração no setor secundário, isto é, no setor industrial brasileiro, é impressionante e reflete tanto a recessão quanto o fenômeno intrínseco da desindustrialização que já estava em curso antes de a economia mergulhar na recessão.
A taxa de queda na produção acumulada em 2015 pode ser assim representada, segundo o IBGE: Bens de Capital, – 23,6%; Bens Intermediários, – 4,1%; Bens de Consumo, – 9,1%; Bens Duráveis, -15,7%; Semiduráveis e não duráveis, – 7,1%. Queda da indústria em geral: -7,4%
A situação para a indústria nacional se agrava na medida em que as fábricas ainda têm muito estoque para se desfazer antes de intuírem a retomada da produção. É um quadro preocupante, fruto da acentuada queda da demanda. A retração da demanda induz a redução da produção industrial que, por sua vez, reflete-se na diminuição do mercado de trabalho.
DESEMPREGO CRESCENTE
É de 955.995 o saldo negativo do fechamento de postos de trabalho formal, nos últimos doze meses, para o setor industrial (indústria extrativa mineral, indústria de transformação e indústria da construção civil).
Confira a perda de empregos, por setor da economia:


Extrativa mineral, -13.733 vagas;
Indústria de Transformação, – 515.516;
Serviços Industrais de utilidade pública, – 4.906;
Construção Civil, – 426.746;
Comércio, – 104.866;
Serviços, – 150.012;
Administração Pública, – 10.694;
Agricultura, – 12.155.


Aumento do número de desempregados no país, no acumulado de 12 meses -1.238.628.

E não há menor perspectiva de melhora, pois o ajuste fiscal não existe e o governo está inerte.
11 de novembro de 2015
Wagner Pires

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