O jornalista Ricardo Noblat
comenta a reunião do vice-presidente Michel Temer com empresários
paulistas, aos quais apresentou o documento "Uma ponte para o futuro",
elaborado pelo PMDB. "É uma ponte para já, disse Temer. "Temos que
pensar nisso imediatamente":
Com
razão, a carta enviada por Michel Temer à presidente Dilma empalideceu o
que mais ele fez em São Paulo antes de embarcar de volta à Brasília.
Mas antes
de embarcar, por 30 a 40 minutos, Temer reuniu-se à porta fechada com
150 empresários na sede da Federação do Comércio de São Paulo.
O
pretexto: falar sobre o documento do PMDB chamado de “Uma ponte para o
futuro”. Na verdade, o documento contém os principais pontos de um
eventual programa de governo de Temer, presidente.
“É uma ponte para já”, disse Temer. “Temos que pensar nisso imediatamente”
E foi
adiante: defendeu outra “democracia, que é a democracia da eficiência.
Ou compreendemos essa transição ou vamos nos dar muito mal”.
Não tocou
em impeachment. Mas sorriu quando foi chamado quatro vezes de
“presidente” pelo jurista Ives Gandra Martins, presidente do Conselho
Superior de Direito da Fecomércio-SP.
- Eu
repito que nós verificamos a necessidade de alguém dizer alguma coisa
para o país, dizer por exemplo que a crise é grave porque evidentemente
houve crise econômica, crise política, mal-estar político, mal-estar
econômico e as pessoas iam disfarçando. – acrescentou Temer.
Que por fim se referiu à declaração que fez em agosto último sobre a necessidade de alguém unificar o país:
- Vocês
se recordam que há tempos atrás reuni a imprensa para dizer que é
preciso que alguém seja capaz de reunificar o pensamento nacional, no
sentido de que todos devem colaborar sem exceção. E é preciso pacificar o
país porque é interessante como os embates nacionais levaram a uma
divisão extraordinária da sociedade brasileira. Precisamos reunificar o
país.
Saiu sob aplausos.
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