Mais uma vez a presidente Dilma Vana Rousseff volta a abusar do discurso descabido e desconexo.
Nesta sexta-feira (15), durante café da manhã com correspondentes internacionais que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto, Dilma voltou a tratar do processo de impeachment e a falar em golpe.
Ao chamar os defensores do seu impedimento de “golpistas”, a petista disse que o chefe do Executivo não pode ser ejetado do cargo porque “não gosta dele”. Por ser o Brasil ainda uma democracia, que como tal contempla o direito à livre manifestação, Dilma pode dizer qualquer coisa, desde que não queira que suas palavras sejam aceitas como expressão máxima da verdade.
Como sabem os brasileiros de bem, o impeachment não se trata de golpe, pois está devidamente recepcionado na legislação vigente no País. Ademais, as condições para que o processo de impedimento prospere estão sendo cumpridas à risca, ao mesmo tempo em que ao menos um dos crimes que o viabilizam foi cometido pela presidente da República: o de responsabilidade.
“Isso não significa que eu esteja dizendo que as tentativas, que eu acredito que são golpistas, de alguns segmentos da oposição, de repetirem sistematicamente essa questão do impeachment não sejam importantes”, disse a presidente, quando questionada sobre a reforma da Previdência. Ou seja, uniu dois assuntos desconexos.
É sabido que o governo do PT, assim como o próprio partido, se esfacela diante dos ventos da corrupção que varrem o Brasil, mas Dilma não tem o direito de induzir a erro a parcela desavisada da população com esse discurso insano do “golpismo”. Trata-se de uma atitude desesperada de alguém que não tem outra saída, a não ser apelar.
Fora isso, Dilma desistiu novamente de participar do Fórum Econômico Mundial, que começa na próxima quarta-feira (20) na bela e fria cidade da Suíça. A decisão de permanecer no Brasil durante o encontro na Suíça é mais uma evidência inconteste de que os palacianos estão preocupados não apenas com o processo de impeachment, mas também e principalmente com os efeitos colaterais da insatisfação popular com a crise econômica.
Retomando o tema da reforma da Previdência, Dilma afirmou que “tem que ser necessariamente gradual, não pode chegar e querer impor regras”. E a presidente emendou: “Ao ser gradual, ela implica num período de transição, necessariamente”.
A petista enfatizou que a expectativa de vida no País vem aumentando (beira os 75 anos), o que exige a discussão da matéria. “Não é uma questão desse ou daquele governo, muito menos uma questão que pode ser politizada, dada a importância dela para as futuras gerações.”
Dilma agora não quer politizar o tema da Previdência, mas nos tempos de oposição o seu partido isso com descabida constância. Hoje, na condição de vidraça, não mais de pedra, a presidente deveria se preocupar com a geração de empregos, pois só assim será possível angariar recursos para custear a Previdência Social. Contudo, os números da economia apontam na direção oposta.
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