O artigo que segue é de Alexandre Borges, diretor do Instituto Liberal e
foi escrito no ano passado, quando o Levy ainda era o ministro da
Fazenda da Dilma.
Entretanto, não perde a validade porque continuamos a
viver no país dos petralhas. Lembrem-se que o projeto da CPMF está
engatilhado e a grande mídia está fazendo um esforço danado para dar a
impressão que tudo segue às mil maravilhas. Leiam:
Por favor, parem de repetir que aumento de impostos é igual a aumento de arrecadação. Simplesmente parem.
Tenho
lido até comentaristas fora da esquerda repetindo essa estupidez de que
uma elevação de uma alíquota de impostos em “x” leva a um aumento de
“y” na arrecadação do governo, como se fosse assim que funcionasse no
mundo real.
Imagine
que você mora num país hipotético comandando por uma ex-sacoleira que
faliu uma lojinha de produtos importados de R$ 1,99. É como se
estivessem dizendo “se tivesse aumentado os preços para R$ 2,99 ela não
teria falido”. Será mesmo? Se você tem um restaurante que vende refeição
por R$ 20,00 e está no prejuízo, a solução para dobrar o faturamento é
aumentar para R$ 40,00?
Acreditem, é assim que estão fazendo a conta.
Vamos
desenhar: quando os burocratas aumentam alíquotas tributárias, o país
afugenta ou adia novos investimentos, incentiva a informalidade, diminui
o consumo e a arrecadação pode até cair. Além disso, você aumenta o
poder dos fiscais, o que também pode levar a mais corrupção. Baixar
impostos não é favorecer os ricos, bestas! Menos impostos e um sistema
tributário racional, simples e transparente favorece a sociedade
inteira, até porque quem mais paga imposto, em qualquer lugar, não são
os milionários.
Outro
argumento inacreditável, dito pelo próprio Ministro da Fazenda e PhD em
economia pela Universidade de Chicago (Milton Friedman teria um enfarte
se ouvisse isso), é que temos uma alíquota pequena para imposto de
renda, com “apenas” 27,5% para a faixa mais alta. Que um bobo da corte
como Jô Soares diga isso, vá lá, mas Levy?
O que o ministro não disse:
– A
faixa mais alta de rendimentos mensais para cobrança dessa alíquota de
27,5% é R$ 4.664,68, ou US$ 1.200. Explique para um americano, por
exemplo, que no Brasil quem ganha US$ 1.200 por mês é considerado rico!
Os EUA debatem hoje o salário mínimo de US$ 15/hora e, considerando 40
horas de trabalho por semana, dá o dobro disso, ou algo como US$ 2.400. O
que se considera rico no Brasil recebe, numa conta aproximada, metade
de um salário mínimo americano.
– A
carga tributária no Brasil vai muito, mas muito além do Imposto de
Renda, e é por isso que a conta que interessa é o impacto dela no PIB. A
carga tributária brasileira é de 35,9% do PIB e a média dos países da
OCDE é de 34,1%. A do Chile é de 20%, por exemplo. A da Suécia é de 44%
mas já foi de 60% e está caindo. Quem ele pensa que engana?
– Pelo quinto ano consecutivo, o Brasil é o pior país do mundo em retorno dos impostos. E a solução é mais impostos? Leia aqui:http://glo.bo/1JYF6YC
O
Brasil está cada vez mais parecido com a Grécia: quanto mais afunda,
mais busca soluções à esquerda. Não há uma única chance de dar certo,
mas o país continua caminhando por esse beco sem saída e dobrando a
aposta.
Estamos indo para o buraco, não se enganem.
– “A equação econômica mais conhecida no mundo ainda não chegou ao Brasil”http://www.institutoliberal.org.br/…/a-equacao-economica-ma…
– “A Curva de Laffer – Impostos Altos, Receita Baixa”https://youtu.be/zxo_Ivy5RKw
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