
O local é uma Zona de Vida Silvestre e está inserido dentro da Área de Proteção Ambiental Gama-Cabeça do Veado e deveria estar sendo protegida pelas autoridades, segundo reza os decretos 9.417/1986 e 23.238/2002.

Área pública sendo comercializada com direito a página na internet. (reprodução do portal (wimovéis)
Além disso, vem se transformando num santuário para a reinserção de animais silvestres apreendidos pelas autoridades ambientais. Em 2015 foram levados para lá mais de 1.500 aves, além de mamíferos de diferente porte.

A
área grilada se encontra numa localidade extremamente importante do
ponto de vista da conservação ambiental e da pesquisa científica no
bioma cerrado e de seus recursos naturais (água, solo, sub-solo, fauna,
flora e genes). Fotos de Thiago Luz
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O
local abriga o Córrego do Mato Seco, um riacho que nasce nas
proximidades do Catetinho e é um dos principais afluentes do Ribeirão do
Gama que desagua no Lago Paranoá.


A área de 11 mil metros quadrados, que nem pode ser denominda como lote, está sendo comercializada por R$ 750 mil. Em 2015, grileiros tentaram ampliar e encascalhar uma trilha de terra que dá acesso à localidade, com possibilidade de pavimentação futura. A idéia era valorizar o preço da terra, mas a comunidade do Park Way se mobilizou e conseguiu fazer com que as autoridades públicas impedisse a agressão ambiental.


A
área que está sendo grilada é dotada de áreas de matas e veredas.
Qualquer forma de interferência como loteamentos, aterros, edificações
desmatamentos, impermeabilizações, retirada de cascalhos, comprometem em
demasia o sistema hidrológico da bacia hidrográfica do DF.

A
área não possui nem registro de endereço formal. E se vale da
criatividade de quem trafega por esse tipo de comercilização de terras
no Distrito Federal. Criaram a figura de” lote de fundos”.
Posteriormente, na década de 1990, no governo Roriz, os lotes de 20 mil metros puderam ser fracionados em até oito pedaços. Ainda hoje, existem lotes de 20 mil metros no bairro e esses estão sendo comercializados na faixa de R$ 8 milhões.
O preço de R$ 750 mil para uma área, que equivale à metade de um lote tradional do Park Way, já revela a irregularidade da terra colocada à venda.

Autoridades
A administração Regional, a Agefis, o secretário de Meio-ambiente do Distrito Federal, André Lima, e o próprio governador Rodrigo Rollemberg foram acionados sobre o que está acontecendo no Park Way. André Lima informou ter acionado à Polícia Civil para investigar o caso. As demais autoridades não deram retorno.
Os moradores pleiteiam do GDF desde 2015 que a área seja transformada num Parque Ambiental, de forma a coibir a grilagem e garantir ambientalmente a área e em especial o Córrego do Mato Seco que vem sendo permanentemente agredido.
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