Existe um potencial solar de mais de 15 MW nos resrvatórios de hidrelétricas brasileiras.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, lançou na última semana a
primeira usina flutuante do Brasil. O empreendimento terá capacidade de
geração de cinco megawatts (MW) e será construído no reservatório da
Eletronorte de Balbina, no Amazonas, através de uma parceria entre a
Sunlution, empresa brasileira de geração solar e híbrida e geração em
usinas solares de médio e grande porte, e a WEG, fabricante de
equipamentos. Ainda nesta semana o ministro fará o lançamento da segunda
usina flutuante, localizada em Sobradinho, na Bahia.
O projeto integra o programa de Pesquisa e Desenvolvimento da
Eletronorte para captação de projeto de geração complementar de energia.
O escopo do projeto inclui o fornecimento de flutuadores com placas
fotovoltaicas para o reservatório de Balbina, por parte da Sunluiton, e
estudos da otimização da operação de duas fontes de energia
(hidrelétrica e solar) utilizando a mesma infraestrutura.
Os participantes do projeto foram definidos em chamada pública, que
resultou na escolha do grupo formado pela Universidade Federal do
Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fundação de
Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (FADE) e Fundação de Apoio Rio Solimões
(UNISOL), além das empresas duas empresas responsáveis pela estrutura
física.
A construção da usina deve levar um período total de 36 meses e está
dividida em duas etapas, com a instalação de um megawatt ainda em 2016 e
os quatro megawatts restantes, instalados nos últimos 12 meses. Após a
conclusão das pesquisas, o sistema em Balbina poderá ser ampliado de
5MWp para até 300 MW, superando a própria capacidade hidrelétrica da
usina e beneficiando cerca de 540 mil residências.
Estudos feitos pelo governo indicam que há um potencial de mais de 15
mil MW nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras no curto prazo.
“A ideia é aproveitar a infraestrutura existentes nas instalações
hidrelétricas para produzir energia com geração solar”, explica Orestes
Gonçalves, diretor da Sunlution. “Como a estrutura está toda pronta, não
há necessidade de se investir em transmissão ou em subestação, como
acontece em muitos projetos eólicos, por exemplo”, conclui.
Fonte: Ciclo Vivo
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