terça-feira, 19 de abril de 2016
As críticas do mundo científico contra o governo da Austrália por
descuidar da conservação da Grande Barreira de Corais, declarada
patrimônio da Humanidade, aumentaram nesta segunda-feira (18) com novas
chamadas.
“Pelo amor de Deus! Levem isso a sério, escutem os cientistas, embora seja só por uma vez”, disse o biólogo Charlie Veron, um dos maiores especialistas do mundo em corais e recifes, segundo a rede “ABC”.
“Em geral, eles nunca atendem quando se fala em mudança climática e agora também não fazem com a Grande Barreira de Coral”, acrescentou o autor do livro “A Reef in Time: The Great Barrier Reef from Beginning to End” (Harvard University Press, 2008).
Um estudo da universidade australiana James Cook denunciou em março que o branqueamento, a perda de cor que indica a morte do coral, afeta 95% da zona norte da Grande Barreira.
Os recifes se branqueiam periodicamente e depois se recuperam, mas os cientistas temem que o processo atual possa ser irreversível.
“Estou furioso por que o Governo Federal segue sentado à toa”, indicou por sua vez Justin Marshall, da Universidade de Queensland.
O britânico David Attenborough, um dos divulgadores naturalistas mais conhecidos da televisão, advertiu em um documentário apresentado em abril que a Grande Barreira de Corais poderia desaparecer em algumas décadas por culpa da mudança climática.
“Os perigos trazidos pela mudança climática, o aumento da temperatura do oceano e a acidez ameaçam sua existência. De verdade, nos importamos tão pouco com a Terra na qual vivemos que não desejamos proteger uma das maiores maravilhas das consequências de nosso comportamento?”, questionou o cientista de 89 anos de idade.
A saúde da Grande Barreira, que abriga 400 tipos de corais, 1.500 espécies de peixes e 4 mil variedades de moluscos, começou a se deteriorar na década de 90 pelo aquecimento de água do mar e o aumento da acidez devido à maior concentração de dióxido de carbono na atmosfera.
Fonte: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário