18 de maio de 2016 às 23:20
Yulin, na província de Guangxi, organiza o festival de carne de cão pelo solstício de verão, desencadeando uma onda de revolta em todo o mundo, com grupos de defesa dos direitos animais a procurarem travar o que designam de “festival da crueldade”.
Atualmente, à semelhança de anos anteriores, encontram-se online diversas petições para apelar ao fim do festival, durante o qual são cozinhados milhares de cães. Segundo uma petição, que já reuniu mais de um milhão de subscritores, mais de 10 mil cães – incluindo cachorros – foram mortos em 2014 e 2015 do festival de Yulin.
Outra petição, divulgada através da plataforma Avaaz, que promove campanhas na Internet, igualmente endereçada ao Presidente da China, Xi Jinping, mas também ao governador da província de Guangxi, Chen Wu, reunia mais de 600 mil assinaturas até hoje.
Este texto coloca a tónica, em particular, no sofrimento “insuportável” pelo qual devem passar os animais, fazendo uma descrição pormenorizada: “São pendurados de cabeça para baixo em ganchos”, “é-lhes feito um golpe a partir do ânus e são esfolados e vendidos para serem comidos” ou “são espancados” e “sangram até à morte”.
Para garantir o abastecimento do festival de Yulin, muitos cães são roubados aos donos, como anualmente reportam organizações de defesa dos direitos dos animais.
“Milhares de cidadãos chineses já se manifestaram contra o festival, mas as autoridades não vão agir até verem o quanto está a prejudicar a imagem global da China, a qual estão a trabalhar arduamente para melhorar”, refere uma das petições.
À luz das regras, em Yulin, a carne de cão é normalmente servida com líchias, uma fruta muito fresca, típica da China, e regada com “bai ju”, uma aguardente à base de cereais, sendo “muito fortificante”, melhorando a circulação sanguínea e combatendo a impotência, segundo crenças locais.
A ‘tradição’ de comer carne de cão na China já não é o que era, parecendo estar a perder adeptos, mas o festival de Yulin continua a realizar-se.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: Diário de Notícias
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