Justiça e conservação para a nossa biodiversidade
O Observatório de Justiça e Conservação (OJC) é o nosso grande parceiro na realização do 2º Concurso Conexão Planeta de Fotografia de Animais.
Na verdade, nossa parceria já começou há algum tempo, desde que começamos a apoiar o OJC na divulgação dos conteúdos e campanhas promovidas por ele. E aproveitamos esta oportunidade para contar um pouco sobre o trabalho tão bacana que está sendo feito.
O OJC é uma iniciativa apartidária e colaborativa que trabalha fiscalizando ações e inações do poder público no que se refere à prática da corrupção e de incoerências legais em assuntos relativos à conservação da biodiversidade, prioritariamente no Sul do Brasil, dentre os quais se destacam a Floresta com Araucária – ou Floresta Ombrófila Mista (FOM) –, os Campos Naturais e a Mata Atlântica de modo geral.
É resultado da união de entidades públicas, privadas, organizações não governamentais, universidades, pesquisadores e profissionais liberais que apoiam ou trabalham pela manutenção e incentivo à conservação da natureza e condenam esforços que visem a fragilização dos direitos da maioria da sociedade em favor da busca por vantagens individuais.
Em pouco mais de dois anos desde que iniciou as atividades, o Observatório de Justiça e Conservação já conduziu campanhas de mobilização popular expressivas, como os movimentos
“#ParePresteAtenção!“, em defesa da Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana e “#SalveaIlhaDoMel!”, em prol da proteção do local, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
A primeira vem sendo ameaçada por um projeto de lei que pretende mutilar 70% de seu território. A APA é a maior unidade de conservação do Sul do Brasil. A segunda corre risco pela eminência de instalação e um agressivo complexo industrial portuário em Pontal do Paraná, no litoral do Estado. A obra inclui um porto privado que pode ser feito em frente à Ilha e uma estrada para atendê-lo. Para ser feita, ela derrubaria mais de quatro milhões de metros quadrados de Mata Atlântica bem preservada.
E isso na região que ainda concentra os últimos remanescentes do bioma no Brasil e no mundo. Os clipes das duas músicas feitas em parceria com artistas voluntários para sensibilizar a sociedade para os problemas já tiveram, juntos, quase três milhões de visualizações. As campanhas em defesa da Ilha e da APA já estimularam o envio de mais de 300 mil e-mails ao poder público pedindo a rejeição das ideias.
O OJC acredita que para transformar realidades em que interesses individuais vêm comprometendo cada vez mais esta e as futuras gerações, só a informação bem apurada e comunicada de modo didático e transparente é capaz de mobilizar a população para exigir mudanças.
Pressões geradas pelo avanço além dos limites do uso do território para a pecuária, agricultura e silvicultura, associadas à inoperância de órgãos públicos que deveriam garantir a manutenção da biodiversidade em ambientes naturais do sul do Brasil contribuem com a construção histórica de um cenário de contínua degradação.
Foi para estimular e democratizar o conhecimento de temáticas relacionadas a essas duas formações – identificando e tornando públicas irregularidades que as ameacem ou aspectos positivos que as envolvam – que o Observatório de Justiça e Conservação foi idealizado, em julho de 2016. Seu olhar para algumas das temáticas também ganha forma em matérias, reportagens especiais e demais conteúdos apresentados neste site.
A garantia da proteção de remanescentes nativos é a maior preocupação de seu trabalho. O termo “justiça”, destacado na logomarca, remete à busca por maior transparência e a defesa que se faz da necessidade do cumprimento da lei. O “ação” reforça a importância da mobilização pública e coletiva para envolver, sensibilizar, exigir e transformar.
O que o Observatório de Justiça e Conservação pretende é estimular o conhecimento sobre a biodiversidade e trabalhar de modo intransigente para que se cumpram os princípios legais de transparência e publicidade dos atos praticados por agentes ou órgãos governamentais.
Se sua intenção for denunciar alguma irregularidade percebida nesses ecossistemas, compartilhar uma boa prática ou sugerir uma abordagem, entre em contato com o OJC.
As denúncias passarão pela análise da equipe do observatório e posteriormente serão encaminhadas a profissionais do Ministério Público do Paraná, responsáveis por conduzir o projeto Mata Atlântica em Pé, lançado em agosto de 2016. A iniciativa busca identificar ações ilegais de desmatamento cometidas nos últimos dez anos, encontrar os responsáveis e envolvidos nas situações e cobrar reparação integral e compensação dos danos.
Envolva-se! A biodiversidade do sul do país pede socorro. Seu apoio é necessário. E é urgente.
Foto: Zig Koch/Floresta com Araucária em área indígena de Mangueirinha – PR
Na verdade, nossa parceria já começou há algum tempo, desde que começamos a apoiar o OJC na divulgação dos conteúdos e campanhas promovidas por ele. E aproveitamos esta oportunidade para contar um pouco sobre o trabalho tão bacana que está sendo feito.
O OJC é uma iniciativa apartidária e colaborativa que trabalha fiscalizando ações e inações do poder público no que se refere à prática da corrupção e de incoerências legais em assuntos relativos à conservação da biodiversidade, prioritariamente no Sul do Brasil, dentre os quais se destacam a Floresta com Araucária – ou Floresta Ombrófila Mista (FOM) –, os Campos Naturais e a Mata Atlântica de modo geral.
É resultado da união de entidades públicas, privadas, organizações não governamentais, universidades, pesquisadores e profissionais liberais que apoiam ou trabalham pela manutenção e incentivo à conservação da natureza e condenam esforços que visem a fragilização dos direitos da maioria da sociedade em favor da busca por vantagens individuais.
Em pouco mais de dois anos desde que iniciou as atividades, o Observatório de Justiça e Conservação já conduziu campanhas de mobilização popular expressivas, como os movimentos
“#ParePresteAtenção!“, em defesa da Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana e “#SalveaIlhaDoMel!”, em prol da proteção do local, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
A primeira vem sendo ameaçada por um projeto de lei que pretende mutilar 70% de seu território. A APA é a maior unidade de conservação do Sul do Brasil. A segunda corre risco pela eminência de instalação e um agressivo complexo industrial portuário em Pontal do Paraná, no litoral do Estado. A obra inclui um porto privado que pode ser feito em frente à Ilha e uma estrada para atendê-lo. Para ser feita, ela derrubaria mais de quatro milhões de metros quadrados de Mata Atlântica bem preservada.
E isso na região que ainda concentra os últimos remanescentes do bioma no Brasil e no mundo. Os clipes das duas músicas feitas em parceria com artistas voluntários para sensibilizar a sociedade para os problemas já tiveram, juntos, quase três milhões de visualizações. As campanhas em defesa da Ilha e da APA já estimularam o envio de mais de 300 mil e-mails ao poder público pedindo a rejeição das ideias.
O OJC acredita que para transformar realidades em que interesses individuais vêm comprometendo cada vez mais esta e as futuras gerações, só a informação bem apurada e comunicada de modo didático e transparente é capaz de mobilizar a população para exigir mudanças.
Justiça e Conservação
Muitos dos abusos cometidos contra a biodiversidade e a Mata Atlântica e seus ecossistemas associados – dentre eles a Floresta com Araucária e os Campos Naturais – não chegam ao domínio público com a frequência e a transparência necessárias.Pressões geradas pelo avanço além dos limites do uso do território para a pecuária, agricultura e silvicultura, associadas à inoperância de órgãos públicos que deveriam garantir a manutenção da biodiversidade em ambientes naturais do sul do Brasil contribuem com a construção histórica de um cenário de contínua degradação.
Foi para estimular e democratizar o conhecimento de temáticas relacionadas a essas duas formações – identificando e tornando públicas irregularidades que as ameacem ou aspectos positivos que as envolvam – que o Observatório de Justiça e Conservação foi idealizado, em julho de 2016. Seu olhar para algumas das temáticas também ganha forma em matérias, reportagens especiais e demais conteúdos apresentados neste site.
A garantia da proteção de remanescentes nativos é a maior preocupação de seu trabalho. O termo “justiça”, destacado na logomarca, remete à busca por maior transparência e a defesa que se faz da necessidade do cumprimento da lei. O “ação” reforça a importância da mobilização pública e coletiva para envolver, sensibilizar, exigir e transformar.
O que o Observatório de Justiça e Conservação pretende é estimular o conhecimento sobre a biodiversidade e trabalhar de modo intransigente para que se cumpram os princípios legais de transparência e publicidade dos atos praticados por agentes ou órgãos governamentais.
Isenção e critério
O trabalho da iniciativa é completamente isento de posicionamentos políticos, influências comerciais ou finalidades lucrativas. Todas as abordagens são norteadas por dados públicos e legislações que asseguram a proteção dos ambientes naturais. Por fim, as análises são criteriosamente respaldadas por pesquisadores, técnicos e especialistas em diferentes áreas.Envolva-se
Para acompanhar as novidades apresentadas pelo Observatório de Justiça de Conservação e apoiar a manutenção e proteção da Floresta com Araucária, dos Campos Naturais e da biodiversidade associada à Mata Atlântica, fique atento às atualizações nas redes sociais e no site.Se sua intenção for denunciar alguma irregularidade percebida nesses ecossistemas, compartilhar uma boa prática ou sugerir uma abordagem, entre em contato com o OJC.
As denúncias passarão pela análise da equipe do observatório e posteriormente serão encaminhadas a profissionais do Ministério Público do Paraná, responsáveis por conduzir o projeto Mata Atlântica em Pé, lançado em agosto de 2016. A iniciativa busca identificar ações ilegais de desmatamento cometidas nos últimos dez anos, encontrar os responsáveis e envolvidos nas situações e cobrar reparação integral e compensação dos danos.
Envolva-se! A biodiversidade do sul do país pede socorro. Seu apoio é necessário. E é urgente.
Foto: Zig Koch/Floresta com Araucária em área indígena de Mangueirinha – PR
Jornalista,
já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo
da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007
e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para várias publicações
brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e
Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças
climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e
meio em Londres, acaba de mudar para os Estados Unidos
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