A peça integra uma série de materiais educativos para um programa
de sensibilização ambiental e turismo sustentável junto aos pescadores,
comunitários e turistas que frequentam os píeres da Figueira e Nelson
Leite, no Bairro São Francisco
Acredita-se que até 2050 o mar terá mais lixo do que peixes, afirmam
estudos mundiais sobre a poluição marinha por todos os tipos de
resíduos, especialmente plásticos. Uma agenda voltada aos oceanos e à
sustentabilidade das regiões litorâneas é prioridade do Instituto
Supereco, que comemora, em 2019, 25 anos e é responsável pela realização
do Projeto Tecendo as Águas, com o patrocínio da Petrobras por meio do
Programa Petrobras Socioambiental.
Neste sábado, dia 16 de fevereiro, ocorre a entrega oficial da primeira placa educativa do programa #omarnaoestápralixo, cujo kit de
sensibilização ambiental contém fichas de sensibilização e adesivos
para comércios e embarcações com temáticas relacionadas ao respeito ao
Defeso, resíduos marinhos, pesca amadora e turismo sustentável e
responsável, fruto de uma parceria com comunitários, a APA Marinha
Litoral Norte e a Prefeitura de São Sebastião.
A ideia desse kit surgiu de uma Oficina de Planejamento Participativo
com os pescadores da Bacia do Rio São Francisco, na primeira etapa do
“Tecendo as Águas”, realizada entre 2013 e 2015, onde os próprios
comunitários representantes da cultura caiçara, e dos que vivem da
pesca e do turismo, sugeriram a necessidade de materiais de
sensibilização ambiental, com abordagem ao grande número de moradores e
turistas que frequentam os píeres e transitam no litoral norte de SP.
Segundo
Carlos Alberto de Oliveira Dias, conhecido como Beto, que trabalhou com
pesca durante 40 anos, abordar a questão do defeso é muito importante.
“Do
tempo que a gente trabalhava com camarão até agora caiu muito a
produção de camarão, justamente pela falta de respeito com o período de
defeso”. Sobre a sensibilização para a poluição marinha complementou, “o
trabalho da Supereco para orientar a não jogar lixo na água é muito
valioso.
Cuidar do destino desse lixo é importante. Na minha embarcação
eu sempre briguei para que não jogassem nada no mar, pois a gente, que
trabalhou no arrasto de camarão, sabe o quanto de sujeira vem nas redes,
contaminando e matando peixes e tartarugas. Me coloco também à
disposição para ajudar nessa campanha”, destacou.
O lançamento oficial contará com uma programação inaugural do kit
pelos parceiros envolvidos, mutirão de limpeza e uma roda de conversa
sobre a conservação dos oceanos, resíduos, turismo e pesca responsável;
dando início ao programa educativo que terá os comunitários como
multiplicadores e protagonistas da conservação “terra e mar”.
Para a presidente do Instituto Supereco e Coordenadora Geral do Projeto Tecendo as Águas, “o
protagonismo comunitário, principalmente dos pescadores e dos
operadores de turismo como exemplo de respeito ao mar e à
biodiversidade, é fundamental para sensibilizar e mobilizar moradores e
turistas para uma conduta mais sustentável e responsável. O turismo do
litoral norte é a principal vocação socioeconômica da região e não
combina com poluição e degradação ambiental, sob todas as suas formas”.
Serviço:
Inauguração da Placa de sensibilização “O mar não está pra lixo”
Data: 16/02 (sábado)
Horário: 8h
Local: Píer da Figueira
Endereço: Avenida Manoel Hypólito do Rego s/n, Figueira, São Sebastião
Informações: (12) 3862-0100 / 99663-1095 (whatsapp Supereco)
Programação
8h – Abertura
8h30 – Inauguração da Placa de sensibilização “O mar não está pra lixo”
9h – 10h30 – Mutirão de limpeza
11h – Encerramento com roda de conversa sobre o defeso, turismo e os resíduos marinhos.
Nota: O evento será transferido para uma nova data se as condições
climáticas representarem risco à segurança. Acompanhem aviso nas redes
sociais do Supereco e do Tecendo as Águas.
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