segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

País do descontrole, da falta de fiscalização, da bagunça!Da IMPUNIDADE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Minha casa invadida

Minha casa, meu drama
Correio Braziliense - 07/11/2013

As 150 casas de bairro criado em Planaltina de Goiás para receber beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida sofrem a ação de invasores. A ocupação ilegal começou mesmo com os imóveis inacabados

Famílias sendo arrancadas à força de casa por bandidos. Pessoas que se dizem donas dos imóveis expulsando gente à bala. Portas arrombadas, cadeados e cachorros para garantir a posse. Recados pintados na fachada com alertas intimidadores. Roubos de água e de energia elétrica. Tudo em meio ao cerrado, sem asfalto, sem esgoto canalizado e sem iluminação nas ruas enlameadas pelas chuvas. Um bairro criado para abrigar beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida tem cenas de faroeste.

Há pouco mais de um mês, pessoas de todos os cantos do DF e do Entorno começaram a ocupar e a disputar as edificações, ainda em construção, no Jardim das Palmeiras 2, periferia de Planaltina de Goiás, a 40km de Brasília. Ninguém pagou nem paga por nada e há quem anuncie a venda daquilo que não lhe pertence, erguido com dinheiro público.

A invasão das 150 casas inacabadas teve início em 3 de outubro. Em duas semanas, todos os imóveis estavam ocupados. Foram levantados por duas construtoras, com R$ 5 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Cada um tem 39 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Mas faltavam piso, pias e vaso sanitário, além de instalações de energia e de água.

Ameaças de morte

Os invasores têm feito todo tipo de gambiarra. Puxam a eletricidade diretamente da rede pública, erguida nos postes das quatro ruas do bairro, ainda sem as lâmpadas de iluminação das vias. Para ter água em casa, emendam canos à rede da companhia goiana de abastecimento, a Saneago. E, como ainda não há esgoto, furam fossa no quintal. Há cerca de 40 casas ocupadas por inscritos em duas cooperativas organizadas para receber as residências por meio do Minha Casa, Minha Vida (leia Para saber mais). Elas teriam decidido entrar nas residências quando se espalhou a notícia da invasão.

Ana Lúcia dos Santos, 35 anos, diz ser uma das pretensas beneficiárias do programa do governo. Alega que quem está cadastrada é a mãe, Tereza Barbosa dos Santos, 56. “Como ela tem onde morar, combinamos que, quando a casa fosse entregue, ela ficaria comigo ou com uma das minhas duas irmãs. Aí, quando soube que elas estavam sendo invadidas, viemos correndo”, conta a desempregada, mãe de dois adolescentes e duas crianças. Ana Lúcia mandou o filho pintar na fachada a mensagem: “Esta casa tem dono”.

Recados parecidos aparecem na frente de pelo menos 20 imóveis. Há quem ameace até matar, caso o cadeado seja arrombado. Invasora declarada, Smênia Medeiros da Silva, 35 anos, promete “muita briga” se alguém pedir para ela sair da casa ocupada há 15 dias, a segunda na qual ela e quatro dos cinco filhos se instalaram. Primeiro, a família entrou em uma residência sem construções vizinhas. “A dona (suposta beneficiária do Minha Casa, Minha Vida) falou que eu poderia ficar lá, pois a localização era muito ruim. Bastava eu pagar as prestações. Mas não gostei do lugar porque era muito isolado”, conta.

Smênia fez “gato” na energia elétrica e na rede de água. Também instalou as pias do banheiro e da cozinha, além do vaso sanitário. “Essa casa devia ter um dono, mas, agora, é minha. Tenho família”, afirma ela, que ganha uma pensão vitalícia de R$ 678, mais R$ 244 referentes ao Bolsa Família, programa do governo federal.

Tiros na rua

Smênia mora ao lado de uma casa sem as duas portas de acesso e toda pichada com imagens de revólveres. Ela e os vizinhos dizem que o imóvel foi invadido em 3 de outubro por um homem que costumava dar tiros na rua. “Aí, um dia, apareceu outro, que diz ser o dono da casa, e jogou na rua os móveis do invasor. Estamos esperando para ver o fim dessa história”, comenta a invasora.

As casas são oferecidas por meio de placas e no boca a boca. “Tem gente que pede até R$ 500, pois invadiu só para ganhar dinheiro”, revela a desempregada Maria de Lurdes Oliveira, 47 anos, três filhos. Além dos R$ 200 da pensão de um dos filhos, mais os R$ 130 do Bolsa Escola, ela ganha trocados com a venda de sorvete e de açaí, anunciados na frente da nova casa, ao lado do recado “Tem dono”.


sábado, 28 de dezembro de 2013


Cegueira administrativa 'GDF'

Em Brasília, com a chegada das festas de final de ano e o inicio do período de férias escolares a cidade fica sem uma boa parte da população que acaba viajando, inclusive as autoridades. Nesta época do ano os pedreiros não ficam sem trabalho. O motivo é que com a falta de fiscalização nas obras da cidade esses profissionais são recrutados para trabalhar em várias obras irregulares. 
A exemplo disso são obras na região administrativa de Vicente Pires que colocam em risco a vida da população, principalmente no período das chuvas. Na rua 05 Chácara 121 lote 01 (Condomínio Porto do Sol) um empresário ergueu um prédio com mais de 20 apartamentos sem autorização para obra, e não satisfeito ainda estava construindo uma fossa em plena área pública, colocando em risco todo o abastecimento de água potável da região.
Tudo isso sem contar o lixo acumulado das festas natalinas que estão emporcalhando a cidade. 
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Remoção de invasores no fim de semana


Deverá ocorrer a partir de hoje a remoção da invasão instalada atrás do
Congresso, que já chegou a ter mais de 100 barracos. O administrador regional
de Brasília, Messias de Souza (foto), chegou até o governador Agnelo Queiroz
no esforço para a retirada dos ocupantes. A favela é considerada um problema
urbano de peso, inclusive por se expandir de forma desordenada. Os
moradores terão para onde ir.


Resistência

Fica o registro de que a demora na remoção se deveu à resistência da Secretaria de Desenvolvimento Social. Pelo jeito, a turma de lá gosta de acirrar as contradições com a burguesia

Jornal de Brasilia 28 de dezembro de 2013

31/12/2013 - 03h40

Morre jovem que invadiu e ocupou imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida


MÁRIO BITTENCOURT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA DA CONQUISTA (BA)

Ouvir o texto
A disputa por imóveis não ocupados do Minha Casa, Minha Vida, entregues pela presidente Dilma Rousseff, acabou em morte ontem em Vitória da Conquista (BA).

As casas, apesar de entregues pela presidente em 15 de outubro, estavam vazias e foram invadidas no último final de semana por beneficiários à espera de um imóvel pelo programa federal.
Ao menos 49 casas foram ocupadas por invasores, segundo a Caixa Econômica Federal, administradora do Minha Casa, Minha Vida.

A vítima, o desempregado Alan Souza Damasceno Lima, 21, tinha invadido um imóvel do condomínio Pau Brasil, segundo informações repassadas pela polícia.

O crime ocorreu por volta das 14h30 (horário de Brasília), quando o suposto dono do imóvel ocupado por Lima foi até a residência tentar fazer com que ele saísse.

Houve uma discussão, seguida de agressões verbais. O homem sacou uma arma e disparou cinco vezes contra Lima. A vítima ainda tentou fugir, mas acabou morrendo. Ainda segundo a polícia, o criminoso fugiu a pé e depois pegou carona em uma moto. 

Manifestantes têm protestado contra beneficiários que receberam de Dilma as chaves das casas em outubro, mas não se mudaram.

Os manifestantes afirmam que 250 casas do condomínio, que tem 1.750 no total, estão sem morador. Procurada, a Caixa não soube informar o total de imóveis vazios. 

No último sábado, os ocupantes chegaram a colocar fogo em móveis velhos numa rodovia em frente ao condomínio. Algumas casas foram alvo de vândalos, que levaram pias e outros objetos das casas vazias.

Em novembro, foram realizados protestos contra a precariedade dos imóveis. Em um deles, um ônibus foi queimado por manifestantes.

O superintendente da Caixa Econômica Federal, José Ronaldo Cunha Maia, esteve no local ontem e deu prazo para que os ocupantes deixem os imóveis até 15 de janeiro, de forma pacífica.

"Das 49 casas ocupadas, pelo menos 15 estavam em processo de regularização para as pessoas mudarem. O prazo para mudança é de um mês", disse Maia. "Se não ocupar, a gente entra com processo para rescisão do contrato." 

De acordo com o superintendente, 95% dos ocupantes irão passar por uma atualização do cadastro na Prefeitura de Vitória da Conquista para receber uma casa do programa Minha Casa, Minha Vida. "A orientação para os donos dos imóveis que foram ocupados é que eles procurem a Polícia Civil e registrem uma queixa", afirmou.





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