domingo, 26 de janeiro de 2014

Errinho à toa

Os responsáveis (melhor seria dizer os irresponsáveis) pela construção do Estádio Mané Garrincha erraram em 100% — para mais, naturalmente –, o valor da obra. Em janeiro de 2010, a obra estava estimada em R$ 702 milhões. Até agora, custou R$ 1,4 bilhões, e pode-se arriscar que ainda serão investidos uns R$ 300 mil a mais.

O valor ilusório de R$ 702 milhões era alardeado pelo gDF quando já se sabia que superaria o bilhão de reais. Na verdade, os fictícios R$ 702 milhões eram falados para justificar a construção do elefante branco com 72 mil lugares, quando um estádio para 40 mil espectadores ficaria muito mais barato e atenderia muito bem a Brasília.

Aliás, o próprio recém-empossado governador Agnelo Queiroz havia dito isso na campanha eleitoral. Mas Agnelo resolveu, por alguma razão, assumir a megalomania de seu antecessor José Roberto Arruda, devidamente articulado com as empreiteiras responsáveis pela obra, e manter o projeto bilionário.

Segundo o Ministério do Esporte, só as reformas do Beira Rio, em Porto Alegre, e da Arena da Baixada, em Curitiba, tiveram erros maiores: 130% e 116%. Mas o estádio gaúcho custou R$ 330 milhões e o paranaense R$ 362,7 milhões – esse, correndo o risco de não ficar pronto a tempo.

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