Faroeste candango

O Governo está brincando de Segurança Pública! E você cidadão, o que pensa?
Postado por Márcio Poli

jan 21

A criminalidade está solta, mas a população só tem uma frase: “Onde está a Polícia?”. Matéria de hoje do DFTV 1ª Edição mostra a realidade vivida no DF.

Chega de hipocrisia, de falso moralismo e de quererem sempre colocar a culpa nas costas do mais fraco. Indicar um culpado tornou-se uma constante na rotina do cidadão brasiliense e, nesses casos, não é difícil encontrar o algoz: A Polícia, lógico!

Mas pergunto: A sociedade já cobrou do governo que eles próprios elegeram a soluções para a atual situação que nossa Brasília passa? A sociedade já bateu à porta do Palácio do Buriti e questionou ao representante que está sentado na cadeira 01 do Estado do porquê de nossa cidade estar virando um caos em matéria de segurança, apelidada até de “Faroeste Candango”? 

Algum grupo, Conselhos de Segurança (CONSEGs), Associações de Direitos Humanos e de Moradores e moralistas de plantão já se prontificaram a organizar uma manifestação em frente ao Buriti cobrando segurança de quem tem a obrigação constitucional de dar ao cidadão, o ESTADO? A própria imprensa, que também é composta de cidadãos, já cobrou? E nesse caso, especificamente, o que é mais importante: Uma vida ou polpudas verbas publicitárias?

Se nenhum desses citados tiveram a iniciativa e coragem para fazerem isso, e ao mesmo tempo exercerem sua parcela de responsabilidade no contexto social, que não ousem cobrar da Polícia. Ela está fazendo seu papel Constitucional e Institucional e desafio que me provem o contrário. A Polícia está em greve? A Polícia parou? A Polícia deixou de prender? Provem!

O que se sabe, e não é mais possível esconder da sociedade, pois a própria imprensa já divulga, é que a Polícia está em Operação Tartaruga e completamente desmotivada, justamente por causa do governo que não cumpriu sua palavra para com os policiais. A prova está aí e contra provas, repito, não há contestação. 

Já passou da hora das cobranças serem direcionadas ao governo que deixa pessoas morrerem nas portas de hospitais, que têm um dos piores sistemas de transporte público do país, que encheu nossa capital de obras mal acabadas, que deixa o plano piloto, cartão postal da capital, se alagar nos períodos chuvosos, que foi incapaz de cumprir com sua própria palavra ao PROMETER E NÃO CUMPRIR, que encheu nossa cidade de obras mal acabadas e embargadas pelo TCDF, que derrama recursos milionários em publicidade (recursos de seus impostos) que causam transtornos à população…e segue relação.

Precisamos colocar no âmago da sociedade que a violência, como fenômeno biopsicosocial, não deve ser vista como algo que acomete unicamente algumas sociedades em função de determinadas peculiaridades que se fazem presentes, em especial nos locais de maiores carências sociais. Hoje em nossa capital não há mais acepção de pessoas, classe social e valores. Ela, a violência, está em todo lugar e a qualquer hora do dia ou da noite. Ela é um fenômeno que faz parte da humanidade integrando a consciência histórica pessoal dos indivíduos. Está presente em todo e qualquer setor da vida humana e não pode ser combatida a partir de conceitos ideológicos, mas de ações que contemplem todos os estudos necessários ao seu conhecimento e origens, quer no campo conceitual geral, quer na particularização de determinados fenômenos que se acentuam em algumas sociedades. Será que o governo está preocupado com isso?

As polícias não devem ser vistas como inimigas da sociedade, conforme muitas vezes são postas publicamente. Ela não é causa da violência, mas conseqüência dela e, por isto, precisa ser conhecida quanto às suas destinações e necessidades de atuar conforme se deparam as situações que enfrenta e que precisam ser resolvidas por imposição da lei e do interesse individual ou coletivo.

Quanto ao policial, ele é um ser humano como qualquer outro que pertence à mesma sociedade e, assim, dotado dos mesmos defeitos e virtudes e que também vive o clima de insegurança porque têm suas famílias.

Por fim, a solução de problemas de segurança pública não está afeta unicamente às polícias, mas a todos os segmentos da sociedade que precisam envolver-se nas questões tendo a consciência da importância que seu trabalho representa na condução de cada ação que desempenha.

Por Tenente Poliglota…