Andre Shalders - Correio Braziliense
Publicação: 07/02/2014
Os principais
partidos na Câmara dos Deputados devem começar a definir a partir de
terça-feira a presidência das comissões temáticas da Casa. PT e PSDB já
tem reuniões marcadas para tratar do tema na terça. O assunto também
deve estar presente na reunião do Colégio de Líderes, no mesmo dia. Com a
segunda maior bancada da Câmara, o PMDB ainda não definiu o assunto. A
presidência de cada uma das 21 comissões temáticas é definida de acordo
com uma lista, que leva em conta o tamanho das bancadas. PT e PMDB, as
duas maiores, ficam com três comissões cada, sendo que o PT é o primeiro
a escolher. Tradicionalmente, o partido com a maior bancada escolhe,
como primeira opção, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJC), considerada a mais importante da casa. As outras duas escolhas,
entretanto, ainda são uma incógnita.
“Temos uma reunião marcada para tratar disso na terça. Alguns deputados já manifestaram interesse na Comissão de Seguridade Social e Família e na de Agricultura também, mas ainda não batemos o martelo”, informou o líder da bancada petista, deputado Vicentinho (SP). Fontes no partido comentam que a ordem do Planalto é garantir o controle da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), além da CCJC. O interesse pela CSSF se justifica pela quantidade de projetos com impacto financeiro que passam pelo colegiado, como àquelas relacionadas à previdência de servidores públicos.
O Democratas ainda não definiu qual comissão presidirá (o partido é o 11º a escolher). Interlocutores no partido ventilam o nome do deputado Júlio Campos (MT) para assumir a presidência da comissão do partido. Existem também tratativas entre os líderes partidários para que a Comissão de Turismo e Desporto seja dividida em duas - como ocorreu no ano passado com a antiga Comissão de Educação e Cultura - de forma a contemplar o PSC, excluído da lista pelo surgimento dos novos PROS e Solidariedade.
Direitos Humanos
Na terça, a Câmara pode decidir também o imbróglio envolvendo a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Existe a possibilidade de que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por seus posicionamentos polêmicos, se torne o próximo presidente do colegiado. O PP tem direito a presidir duas comissões, e é possível que a CDHM acabe “sobrando” para o partido. “A 20ª escolha é nossa. Como a CDHM é geralmente preterida, é possível que fiquemos com ela. Tenho o compromisso do nosso líder, Eduardo da Fonte (PE), de me indicar, se a comissão efetivamente ficar conosco”, disse Bolsonaro, que também conta com apoio de parlamentares evangélicos.
Petistas ligados ao tema devem se reunir com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para tentar sensibiliza-lo sobre o tema. “Vamos trabalhar para que não se repita o ocorrido no ano passado. Se não ficar conosco, que fique com um parlamentar de outro partido que seja comprometido com a causa”, destacou Vicentinho, referindo-se à eleição de Feliciano para o colegiado, no ano passado.
A possibilidade de que Bolsonaro assuma a CDHM também vem causando rebuliço nas redes sociais. O estudante Jefferson Monteiro, criador da personagem “Dilma Bolada” no Facebook, ameaçou descontinuar o personagem, caso Jair Bolsonaro assuma a comissão. “Se o PT deixar Bolsonaro assumir a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara não apenas a Dilma Bolada acaba como também eu não voto na Dilma”, escreveu ele.
“Temos uma reunião marcada para tratar disso na terça. Alguns deputados já manifestaram interesse na Comissão de Seguridade Social e Família e na de Agricultura também, mas ainda não batemos o martelo”, informou o líder da bancada petista, deputado Vicentinho (SP). Fontes no partido comentam que a ordem do Planalto é garantir o controle da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), além da CCJC. O interesse pela CSSF se justifica pela quantidade de projetos com impacto financeiro que passam pelo colegiado, como àquelas relacionadas à previdência de servidores públicos.
O Democratas ainda não definiu qual comissão presidirá (o partido é o 11º a escolher). Interlocutores no partido ventilam o nome do deputado Júlio Campos (MT) para assumir a presidência da comissão do partido. Existem também tratativas entre os líderes partidários para que a Comissão de Turismo e Desporto seja dividida em duas - como ocorreu no ano passado com a antiga Comissão de Educação e Cultura - de forma a contemplar o PSC, excluído da lista pelo surgimento dos novos PROS e Solidariedade.
Direitos Humanos
Na terça, a Câmara pode decidir também o imbróglio envolvendo a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Existe a possibilidade de que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por seus posicionamentos polêmicos, se torne o próximo presidente do colegiado. O PP tem direito a presidir duas comissões, e é possível que a CDHM acabe “sobrando” para o partido. “A 20ª escolha é nossa. Como a CDHM é geralmente preterida, é possível que fiquemos com ela. Tenho o compromisso do nosso líder, Eduardo da Fonte (PE), de me indicar, se a comissão efetivamente ficar conosco”, disse Bolsonaro, que também conta com apoio de parlamentares evangélicos.
Petistas ligados ao tema devem se reunir com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para tentar sensibiliza-lo sobre o tema. “Vamos trabalhar para que não se repita o ocorrido no ano passado. Se não ficar conosco, que fique com um parlamentar de outro partido que seja comprometido com a causa”, destacou Vicentinho, referindo-se à eleição de Feliciano para o colegiado, no ano passado.
A possibilidade de que Bolsonaro assuma a CDHM também vem causando rebuliço nas redes sociais. O estudante Jefferson Monteiro, criador da personagem “Dilma Bolada” no Facebook, ameaçou descontinuar o personagem, caso Jair Bolsonaro assuma a comissão. “Se o PT deixar Bolsonaro assumir a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara não apenas a Dilma Bolada acaba como também eu não voto na Dilma”, escreveu ele.
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