sábado, 8 de fevereiro de 2014

Grupo monta casa na Praça do Relógio para protestar contra a violência

 A edificação retrata que, até no próprio domicílio, as pessoas estão a mercê dos crimes

Thiago Soares

Publicação: 08/02/2014 Correio Braziliense
 

 (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)


Com intuito de chamar a atenção da sociedade para a onda de violência no DF, um grupo se reuniu na manhã deste sábado (8/2), em Taguatinga, para um ato contra o alto índice de crimes. Eles ergueram uma casa de estrutura metálica na Praça do Relógio a fim de retratar que, até no próprio domicílio, as pessoas estão a mercê da violência. O protesto contou com a presença de Ana Cleide, mãe de Leonardo Almeida, que foi brutalmente assassinado em uma tentativa de assalto na última semana, em Águas Claras.

A casa foi montada com vários aparatos de segurança. Grades, câmeras e cercas mostravam os cuidados que algumas famílias tomam para se sentirem mais seguras. “Hoje, as pessoas estão presas em suas casas, com grandes mecanismos de segurança. O que não adianta, porque as famílias ficam isoladas e os bandidos soltos praticando crimes. Estamos confinados ao presídio da família brasileira”, explicou o organizador do ato, o líder comunitário Charles Guerreiro, 45 anos.

“Sei que isso não trará meu Leonardo de volta, porém vai resultar num movimento social para que outras mães não venham a perder também seus filhos”, declarou Ana Cleide. Ela, que participou de outros movimentos contra a violência durante semana, quis estar presente para pedir um basta à violência na capital.

O objetivo de grupo é permanecer 24 horas no local. Estrategicamente, a casa foi erguida ao lado posto da Polícia Militar na Praça do Relógio.

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