Espaço
Baseado em artigo de Marcia Goodrich - MTU - 07/02/2014
Se você tivesse uma máquina do tempo, você viajaria para o passado para ganhar na loteria?
Eles se perguntaram: Se houvesse viajantes do tempo entre nós, será que eles estariam nas mídias sociais? Como se poderia encontrá-los? Como procurar por eles usando sites de busca?
Outros teóricos já haviam concluído que é possível detectar máquinas do tempo do futuro que tenham vindo para o presente, mas os dois queriam localizar os viajantes do tempo de forma mais fácil - procurando-os pela internet.
"Nós tivemos uma pequena discussão fantasiosa sobre isso," confessa Nemiroff, que é professor da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos.
O resultado foi um esforço divertido, mas sério, para tentar identificar os hipotéticos viajantes do futuro peneirando-os entre os internautas do presente.
Conhecimento presciente
Como não daria bons resultados simplesmente perguntar para as pessoas se elas eram viajantes do tempo, Nemiroff e Teresa desenvolveram uma estratégia de pesquisa com base no que eles chamam de conhecimento presciente - se pudessem encontrar uma menção a algo ou alguém na internet antes que as pessoas pudessem saber algo sobre o assunto, isso poderia indicar que, quem quer que tenha escrito a mensagem, só poderia ter vindo do futuro.
O grupo selecionou termos de busca relacionados a dois fenômenos recentes, o Papa Francisco e o cometa ISON, e começou a procurar por referências a eles antes que eles fossem conhecidos.
O trabalho foi exaustivo: eles usaram uma variedade de motores de busca, como Google e Bing, e varreram o Facebook e o Twitter.
O futuro pode afetar o passado por meio da "causalidade retrospectiva", defendem alguns pesquisadores.
Eles também procuraram por "consultas prescientes" que pudessem ter sido feitas nos motores de busca. Sem sucesso.
Coisas de tempo... e espaço
Para o seu último e talvez mais engenhoso esforço, os pesquisadores criaram um post em setembro de 2013 pedindo aos leitores para enviar por e-mail ou tweeter uma de duas mensagens até agosto de 2013 (que já havia passado): "#ICannotChangeThePast2" ou "#ICanChangeThePast2" - "Eu não posso mudar o passado" ou "Eu posso mudar o passado", respectivamente.
Infelizmente, o convite ficou sem resposta, e eles não receberam nenhum insight novo sobre as contradições inerentes das viagens no tempo.
"Nossa pesquisa limitada não deu em nada," comentou Nemiroff. "Eu realmente não achava que pudesse dar em alguma coisa. Mas eu ainda não sei de ninguém que tivesse realizado uma pesquisa como esta. A internet é essencialmente um vasto banco de dados, e eu acho que, se os viajantes do tempo estivessem por aqui, a sua existência já teria sido denunciada de alguma outra forma, talvez postando números vencedores da loteria antes do sorteio.
Nemiroff, que normalmente publica sobre temas menos controversos, como lentes gravitacionais e erupções de raios gama, diz que este esforço não é tão esdrúxulo para ele como alguns poderiam pensar: "Eu estou sempre fazendo coisas no espaço e no tempo. Isto tem sido muito divertido."
Bibliografia: Searching the Internet for evidence of time travelers
Robert J. Nemiroff, Teresa Wilson
arXiv
http://arxiv.org/abs/1312.7128v1
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