sábado, 8 de fevereiro de 2014

Obras em viaduto de Ceilândia onde dois já morreram ainda não começaram



Ampliação da rede na passagem da QNM 5/7 de Ceilândia Norte não começou. Segundo a Novacap, trabalhos ocorrem nas proximidades


Thiago Soares

Publicação: 08/02/2014 08:00 Correio Braziliense

Após a morte de duas pessoas no viaduto da QNM 5/7, em Ceilândia Norte, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital anunciou a ampliação da rede de drenagem. O serviço deveria ter começado em 27 de janeiro, mas ontem, no local das tragédias, não havia trabalhadores nem máquinas para a realização das obras. Hoje faz quatro meses desde que a água da chuva fez a primeira vítima na passagem: a pequena Geovana Moraes de Oliveira, 6 anos, afogou-se dentro de um ônibus escolar. Manoel Silva Júnior, 20 anos, morreu em 17 de janeiro preso ao cinto de segurança de um carro de passeio. Depois do segundo acidente, o Governo do Distrito Federal interditou a via.

 (Thiago Soares/CB/D.A Press) 

A comunidade alerta que nenhum trabalho foi feito na via após as tragédias. José Oliveira, 51 anos, tem uma oficina de serralheria na Quadra 7, em frente ao viaduto, e afirmou que o local não passou por mudança alguma. “Não estão mexendo em nada. O último movimento que vi foi no dia que anunciaram a obra e teve até aquele episódio que tentaram furtar um aparelho de uma máquina deles (Novacap)”, disse.

Vandalismo


As manilhas colocadas nos acessos ao viaduto, na tentativa de impedir a entrada de veículos, foram quebradas. Agora, grandes barreiras de concreto barram o acesso. Mesmo assim, motociclistas insistem em trafegar pelo local. “Já vi motos passando por aqui e até crianças andando de bicicleta nesse viaduto”, contou o pedreiro Antônio Lorival, 33 anos. 


Ele passa a pé diariamente pelo local, para ir da Quadra 23 para a Quadra 7. Ele pede a resolução rápida do problema. “Temos que ter a obra para o escoamento da água, senão pode ocorrer um novo acidente nesse viaduto. Duas mortes já bastam. Interditar apenas não adianta, aqui precisa de um trabalho mais rigoroso”, apontou Antônio.

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