01/02/2014 07h29
- Atualizado em
01/02/2014 10h17
Na sexta (31), homem foi detido após lançar molotov em terreno de UPP.
Registros de tiroteios têm aumentado desde novembro de 2013.
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Suspeito
foi detido após arremessar coquetéis molotov em terreno da UPP no
Conjunto de Favelas do Alemão na sexta-feira (31) (Foto: Christiano
Ferreira/G1)
saiba mais
O projeto de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), iniciado em 2008 pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro
com o objetivo de devolver a segurança aos moradores da cidade, vem
enfrentando uma série de problemas, principalmente após novembro de
2013. - UPP do Complexo do Alemão, no Rio, é atacada com coquetel molotov
- Tiros durante a madrugada assustam moradores do Alemão, no Rio
- Projeto de UPPs ainda precisa de ajustes após 5 anos, admite Beltrame
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- FOTOS: Veja imagens de comunidades pacificadas
- Policial Militar é baleado na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio
De lá para cá, o número de registros de tiroteios e ataque a sedes de UPP nas comunidades passou de 10, como contabilizou o G1, de dezembro e janeiro.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa das UPPs informou que as unidades “não estão em crise”. O Instituto de Segurança Pública (ISP) não divulgou o número de ocorrências nos últimos dois meses.
O mais recente aconteceu nesta sexta-feira (31) quando um suspeito foi detido por arremessar coquetéis molotov no terreno que abriga a UPP e a delegacia do conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. Na mesma comunidade, na quarta-feira (29), um tiroteio assustou moradores e um policial da UPP morreu após ser baleado em uma troca de tiros em novembro de 2013.
No início de novembro, homens no Batalhão de Choque passaram a ocupar a Rocinha, na Zona Sul do Rio, e agentes do Batalhão de Operações Especiais voltaram para o conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte. Estas são as duas maiores favelas com UPPs, das 36 que possuem o projeto do governo.
Em dezembro, a UPP do Lins foi atacada por três vezes. No mesmo mês, a UPP São Carlos também foi atacada após um tiroteio entre traficantes. Ainda em dezembro, traficantes e criminosos trocaram tiros na área da UPP dos Macacos. Uma troca de tiros entre policiais da UPP Fallet-Fogueiro e criminosos foi registrada no dia 15 de dezembro.
No último mês de 2013, em uma confusão durante uma abordagem, um policial matou um idoso na UPP de Manguinhos.
UPP da Rocinha: tiroteios assustam moradores desde dezembro (Foto: GloboNews)
No início de dezembro, um confronto de aproximadamente 12 horas deixou cinco pessoas feridas — dois policiais e três moradores — na comunidade. Também em dezembro, um policial militar foi baleado durante troca de tiros na Rocinha.
Segundo a assessoria de imprensa das UPPs, as ocorrências relacionadas aconteceram porque os policiais que patrulham as áreas pacificadas se deparam com focos de resistência de traficantes que querem retomar os territórios hoje sob controle do estado.
A assessoria disse ainda que o policiamento foi reforçado nas áreas citadas com policiais de outras UPPs e do Batalhão de Choque para garantir a paz de moradores e comerciantes.
Beltrame faz balanço positivo
Em dezembro de 2013, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou, em entrevista exclusiva ao G1, que ainda não havia motivos para comemorar [as UPPs] e que toda resistência encontrada pela polícia em locais que eram considerados grandes redutos do tráfico será enfrentada com extremo rigor.
O secretário ainda admitiu a possibilidade de superar a meta inicial do programa, que era de 40 UPPs.
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