- Veículo, primeiro do tipo a funcionar no Brasil, tem capacidade para 28 passageiros
- Passagem custa R$ 100, mas carioca tem 50% de desconto
Rafael Nascimento O Globo
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Primeiro ônibus anfíbio do Brasil começou a operar nesta sexta-feira Eduardo Naddar / Agência O Globo
RIO — Imagine aproveitar as belas paisagens do Rio de Janeiro a bordo de um ônibus e, depois, sem desembarcar nem mudar de transporte, apreciar o visual da cidade na perspectiva da Baía de Guanabara.
Para cariocas e turistas que visitam a cidade esse era um passeio impossível...até esta sexta-feira, quando foi inaugurado o primeiro veículo anfíbio do Brasil. Uma mistura de ônibus com barco, a agradável engenhoca é a nova atração da cidade, que faz o trajeto do bairro da Urca até a Marina da Glória, por meio terrestre e, depois, segue pelas águas, por parte da orla do Aterro do Flamengo.
O passeio, que dura cerca de uma hora e meia, estará disponível de terça a domingo, para quem quiser desembolsar R$ 100. Cariocas têm 50% de desconto.
Em uma iniciativa da empresa Duck Tour Brasil, o projeto teve investimento de R$ 2 milhões e demorou cerca de cinco anos para ser finalizado. De acordo com Paulo Valladares, um dos três sócios, a ideia surgiu há dez anos, quando ele fez um passeio em um veículo anfíbio em Boston, nos EUA.
— Depois de tanto tempo de trabalho, é um alívio ver o veículo funcionando. Um sonho sendo realizado — afirma Valladares, que no primeiro dia de funcionamento da atração, já projeta o crescimento do empreendimento. — A ideia é que tenhamos mais cinco veículos operando em cinco anos.
Com capacidade para 28 passageiros, o veículo anfíbio provocou alvoroço por onde passou em sua viagem de estreia. Carros paravam para fotografar e buzinas eram soadas pelos carros, como simpáticas boas-vindas ao novo transporte.
O momento do mergulho da Baía de Guanabara foi o mais esperado, e arrancou palmas dos que curtiram o passeio.
— A hora que ele desceu e foi para o mar foi o momento que eu mais gostei. Nunca tinha visto isso — disse a Juliana Arkon, de 6 anos, que aproveitou o último dia de férias realizando o passeio com a avó.
Para a advogada Paula Schimit, o veículo anfíbio é um bom exemplo de como ampliar as possibilidades turísticas da cidade:
— Achei a experiência muito boa. O Rio precisa de mais atrativos. Ainda com o fato de que a cidade vai sediar grandes eventos e muitos turistas virão para cá. Precisamos de mais formas de manter esse pessoal voltando para cá.
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