quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Motorista de ônibus acusado de atropelar assaltante vai a júri popular


Audiência aconteceu nesta quarta-feira (26), no Fórum de Santos.


Caso ocorreu 2012 e acabou com a morte de Danilo Terranova.

Do G1 Santos


O motorista de ônibus Cirilo Ribeiro da Silva, acusado de atropelar e matar um homem que o teria assaltado, vai a júri popular. A decisão foi tomada, nesta quarta-feira (26), durante audiência no Fórum de Santos, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu em agosto de 2012.

A audiência durou mais de quatro horas. Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas. Já na defesa estavam companheiros de trabalho do motorista e uma mulher que também foi vítima dos assaltantes. 

Um ano e meio após o crime, o processo ainda está em andamento e o réu vai passar pelo júri popular. "Poderia levar anos para acontecer esse julgamento, mas não é isso que nos interessa. Lá no tribunal do júri vamos provar a inocência do Cirilo", afirma o advogado de defesa João Alencastro.

Audiência do caso aconteceu no Fórum de Santos (Foto: Reprodução/TV Tribuna) 
 
Audiência do caso aconteceu no Fórum de Santos

Já a acusação diz que ainda tem dúvidas sobre o depoimento e sobre como os fatos ocorreram. "Se verdadeira for a versão do acusado, que ele foi víitima de assalto, ele não poderia fazer justiça com as próprias mãos, perseguir a pessoa e sem qualquer tipo de defesa, matar a vítima", critica o promotor de Justiça Octavio Borba de Vasconcellos Filho. 

O júri popular ainda não tem data definida. Cirilo responde o processo em liberdade até que a situação dele seja julgada pela Justiça.

Caso
Cirilo Ribeiro da Silva responde pela morte de Danilo Terranova, de 27 anos. A vítima e outros dois homens teriam assaltado o ônibus que o motorista dirigia em agosto de 2012. Segundo o depoimento do réu, depois do assalto, Danilo ainda o ameaçou com uma arma. Por isso, o motorista o perseguiu, o atropelou e Danilo morreu. O impacto do veículo chegou a arrancar uma árvore. 


Na época do acidente, o motorista do ônibus foi preso em flagrante por homicídio qualificado. 

Ele ficou na cadeia por, aproximadamente, uma semana. Mas, a defesa entrou com um pedido judicial para que ele pudesse responder o processo em liberdade.

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