Estaria o PMDB de fato interessado em se divorciar do governo Dilma (e do PT) e tentar um namoro com Aécio Neves (e o PSDB)? Ou com a dupla Eduardo Campos & Marina? Logo agora que tem uma reeleição quase líquida e certa à frenteDeu a louca no PMDB?
Na Bahia da minha infância e juventude havia um ditado popular em que se dizia que louco era quem rasgava dinheiro ou quem comia excremento. Sem violentar a sensibilidade dos leitores mais puristas e sem querer faltar com o respeito aos doentes mentais e aos peemedebistas – afinal os ditos populares não costumam ser politicamente corretos –, que eu saiba os partidários dessa importante legenda não andam comendo merda, e, muito menos, rasgando dinheiro. Portanto, é de se supor, não perderam a razão.
Mas qual seria então a razão do PMDB?
Apesar dos detratores dessa nobre agremiação na grande imprensa chamarem-na de “fisiologista”, “carreirista” e outros epítetos ainda menos nobres e honrosos, este é inegavelmente um grande partido que inestimável contribuição tem dado ao Brasil e à democracia brasileira. Não dá para apagar o passado. Mas dá para construir um futuro.
O PT e o PMDB, assim como, gostem ou não os partidários de distintas legendas, o PSDB, o PSB e até mesmo o DEM, enfim os grandes partidos, todos eles, têm importantes e capacitados quadros que valiosas contribuições têm dado na formulação, planejamento, execução e acompanhamento de importantes políticas públicas implementadas nos últimos anos neste país.
Enfim, essa parceria, ao que tudo indica, tem feito bem às duas legendas e ao Brasil. Negar isso seria negar o óbvio e ululante. Seria negar a premissa básica, a improvável cola que dá a liga necessária à junção de agremiações ideologicamente tão díspares. Ou os interesses inconfessáveis e paroquiais estariam falando mais alto e levando essa união à ruína?
Se não, por que esse “imbróglio”? Por que o PMDB abriria mão dessa
parceria que vem rendendo bons frutos a ambos – e também, supostamente,
como aventei, ao país?
Este [o desejo do “the end” e o rompimento] é um pensamento majoritário no partido? Ou, insisto, seria apenas a velha e usual grita de pequenos caciques de paróquia como Cunha, Geddel e Mabel. Esses nomes podem até soar como uma rima ou música aos ouvidos de alguns interesses (e interessados), mas seria uma solução para o partido? Seria esse o caminho a seguir?
Mas isso, cá entre nós, é um problema do PMDB. E do PT.
Nós, eleitores e espectadores, assistimos de camarote a todo esse degradante espetáculo. Como quem assiste a uma lute de MMA ou vale-tudo.
Mas vale tudo mesmo?
Por via das dúvidas, para que não sejamos grosseiros ou indelicados, retomemos a indagação inicial: o PMDB rasga dinheiro?
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