Entidades e lideranças comunitárias vão se mobilizar esta semana contra o projeto, que define as regras para uso do solo na área tombada.
A criação de novas quadras no Setor Sudoeste e
na Asa Norte são alguns dos temas mais polêmicos
Renata Rusky
Publicação: 17/03/2014 09:34
O servidor público Acioli de Olivo defende a criação de garagens subterrâneas na Esplanada, proposta incluída no projeto de lei |
Hoje, representantes do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF) e da Universidade de Brasília (UnB) vão entregar ao Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) os votos contrários ao texto.
Líderes comunitários também questionam a rapidez com que a proposta foi aprovada. Alegam que faltou diálogo com a sociedade.
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Na próxima quarta-feira, as planilhas serão votadas e, depois disso, o texto pode seguir para apreciação dos deputados distritais. Integrante do Movimento dos Urbanistas Por Brasília, Cristiano Nascimento diz que a maior preocupação é que o plano seja aprovado pela Casa da forma como está. “Não está tudo concluído, principalmente as planilhas, que detalham todas as regras para uso do solo na área tombada. Colocar para votação no Conplan foi uma falta de respeito e de conhecimento, uma forma de cancelar todo o trabalho que foi feito por muito tempo. Desde janeiro, há uma pressão para que o plano seja aprovado. Entendemos que isso foi uma forma de encerrar”, diz.
Para ele, a aprovação do texto no Conplan em tão pouco tempo gera insegurança. “Está tudo muito atravessado. É um documento muito sério para ser aprovado na correria. As brechas continuam, e o plano está com questões que o governo havia se comprometido a retirar. Um equívoco nas planilhas pode resultar em inúmeros danos para a cidade”, alerta o arquiteto.
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