Eles querem fazer algo para acabar com a intolerância e o preconceito
carla.rodrigues@jornaldebrasilia.com.br
Na corrida para conquistar o pleito de 2014, candidatos brasilienses prometem defender direitos das minorias.
Temas polêmicos como o casamento gay, o aborto e as cotas raciais estão nas pautas dos postulantes. A ideia, segundo eles, é fazer da bancada parlamentar um meio de garantir que a intolerância e o preconceito sejam extintos.
Os nomes dos pretendentes, entretanto, nem sempre são reconhecidos por militantes desses movimentos, que afirmam: muitas pessoas usam suas causas apenas para tentar se eleger.
Cristiano Lucas Ferreira, 38 anos, ativista da Cia. Revolucionária Triângulo Rosa, grupo que luta pela liberdade sexual, diz que aqui no DF conhece apenas dois candidatos ligados a causa gay: Fábio Félix (PSOL) e Flávio Brebis (PSB). “São os nomes que estão sempre ligados à causa. A gente sabe que tem alguns de partidos de extrema direita que não irão conseguir nada. O partido também tem de estar junto”, afirma Cristiano.
Uma causa só
Outro nome que afirma defender o movimento LGBT é o candidato a distrital Fabinho Dias (PTC). “Meu objetivo é ser essa representação lá dentro. O preconceito é a principal demanda, claro. Porque com ele vem a violência, o descaso. A gente tem que fazer isso acabar de uma vez por todas”, afirma. “Eu me imagino como o Jean Wyllys do DF”, conclui.
Já o candidato LGBT Fábio Félix (PSol), 28 anos, afirma que é gay, mas não fará uma candidatura de uma nota só. “Um gay deve debater os diversos temas das políticas públicas e do contexto político do DF. O deputado Jean Wyllys nos mostrou que dá pra ter uma mandato de combate a todas as formas de opressão”, afirmou.
A luta dos negros e da música
Entre as pautas das candidatas mulheres estão a luta negra e os direitos das donas de casa. Quando o assunto são os movimentos sociais afro-brasileiros, Lucimar Alves (PT), 42 anos, garante que eles já possuem uma representante. Ela faz parte dos 8,9% de candidatos do DF que se declararam negros.
Ela afirma que vê nas eleições uma oportunidade de debater com a sociedade temas que sobrevivem apenas entre militantes. “Vejo na Câmara a possibilidade de estar representado segmentos do qual eu faço parte. Sou uma mulher negra, moro numa região pobre. Quero levar proposições do segmento ao governo”, diz.
Para ela, as pessoas falam em igualdade racial quando, na verdade, o preconceito ainda é velado. Por isso, é necessário que o debate sobre negros e mulheres negras evolua dentro das bancadas parlamentares. “O preconceito contra mulheres negras acontece em práticas inimagináveis. Por exemplo, um relatório de saúde aponta que as mulheres negras recebem menos anestesia na hora do parto. Oras, isso é uma coisa que é pelo menos para ser investigada”, salienta.
HIP HOP
Já Jeferson Alves (PEN), 47 anos, ou Dj Jamaika, como é conhecido, quer disseminar a cultura Hip Hop no DF. “Vi muita gente sendo resgatada pela música, porque os jovens não escutam os pais nem os professores, mas escutam o rap”, conta o candidato a distrital. “A gente tem que fazer as pessoas entenderem que o rap é um estilo musical da população periférica que precisa de ajuda. São pessoas simples, humildes, que enfrentam uma realidade triste. E quem são elas? Negros, na sua maioria”, completa.
Fonte:
Da redação do Jornal de Brasília
2 Comentários
João Batista Rodrigues
Toma
vergonha, vá defender uma causa que preste, Jean Willis não se elege
mais a coisa nenhuma...assim como você...a família brasileira não lhes
dará essa oportunidade.
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Anônimo
Isso é luta pelas minorias ou pela baixaria?
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