sábado, 23 de agosto de 2014

Proposta Dilma 2015: manter o fator previdenciário e azar dos aposentados.Proposta Dilma 2015: manter a inflação alta ou cortar os gastos sociais.


Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, disse nesta sexta-feira que não pretende rever a fórmula de cálculo para benefícios previdenciários, conhecida como fator previdenciário, uma antiga demanda das centrais sindicais. "Não vou acabar com o fator previdenciário no segundo mandato e nem tratei dessa questão", afirmou a presidente em Novo Hamburgo (RS), após visitar o sistema de trens urbanos. 

A fórmula leva em conta o tempo de contribuição, a idade da pessoa que se aposentou e a expectativa de vida da população. O método é criticado pelas centrais, que consideram que o uso da expectativa de vida reduz o valor do benefício.

"Acho que qualquer mudança na Previdência tem que levar em conta a forma pela qual há o envelhecimento da população brasileira", argumentou a presidente. Sem isso, segundo ela, mudar "é uma temeridade." "Acho que quem falar que vai acabar com fator previdenciário tem que falar como é que paga (os benefícios)", disse Dilma.

Em junho, no auge das manifestações, Dilma se comprometeu a estudar o fim do fator previdenciário com as centrais sindicais. Estima-se que o custo com a medida estaria em R$ 11 bilhões por ano e que a recuperação das perdas pelos aposentados, desde 1999, chegaria a R$ 80 bilhões. 

É hora da candidatura Aécio Neves apresentar uma fórmula de transição e prometer, imediatamente, o fim do fator previdenciário. É uma medida muito simples. Equaciona a reposição em número X de anos e combina o final do redutor com uma idade mínima. Tem um custo? Sim! Tem um ganho? Sim. Tirar o PT do poder. 

Proposta Dilma 2015: manter a inflação alta ou cortar os gastos sociais.

 
Em um recado aos adversários na corrida pelo Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (22) que quem promete reduzir a meta de inflação do governo será obrigado a cortar programas sociais. A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 6,49% --0,01% atrás do teto da meta. A alta nos preços tem sido um dos principais motivos de críticas ao governo da petista pelo tucano Aécio Neves e por Eduardo Campos (PSB), que morreu em 13 de agosto.

"Quem diz que vai reduzir a meta no dia seguinte vai ter que cortar programas sociais. A equação simplesmente não fecha", disse Dilma durante visita a Novo Hamburgo (RS). 

As declarações da presidente foram feitas um dia após Neca Setubal, coordenadora do programa de governo de Marina Silva, afirmar à Folha que, se eleita, a candidata do PSB perseguirá uma política que permita reduzir o centro da meta de inflação dos atuais 4,5% para 3% a partir de 2019. "A meta de inflação vai para o centro, para 4,5%, ao longo do governo de quatro anos, para depois chegar a 3%", disse Neca. 

Promessa semelhante é feita também por Aécio. O coordenador da área econômica da campanha do candidato tucano, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, defende a queda gradual da meta da inflação. 

Dilma também comentou os números recentes de desemprego, disse que há "uso eleitoral dos processos de flutuação [do índice]" e que o Brasil tem uma das menores taxas do mundo.
Segundo a petista, quando os números da inflação estão em alta, há uma grande repercussão --o que não ocorreria quando os índices são reduzidos. 

Na estreia da propaganda eleitoral na TV, na terça (19), Aécio centrou suas críticas na política econômica do governo petista. "Problemas que pareciam superados estão voltando", afirmou o tucano, numa referência à inflação e ao baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). 

"Quando o Brasil não cresce, ninguém mais cresce", disse Aécio, "e os empregos começam a desaparecer". (Folha de São Paulo)

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