Na noite desta quinta-feira (7), os candidatos ao governo do Distrito Federal participaram de debate promovido pelo Colégio Marista, na Asa Sul. Sem justificativa, José Roberto Arruda (PR) não compareceu.
O momento mais quente da noite ocorreu no terceiro bloco, quando Toninho do Psol (PSOL) defendeu o financiamento público de campanha e questionou nominalmente os demais candidatos sobre as doações feitas por empresas privadas a suas campanhas. Todos recorreram ao direito de resposta para... mediante justificativas, concordar com o adversário socialista. Diante do empate técnico nas pesquisas, Rollemberg partiu para o ataque a Agnelo, que se defendeu apresentando resultados de sua gestão
Brasília 247 - Na noite desta quinta-feira (7),
os candidatos ao governo do Distrito Federal participaram de debate
promovido pelo Colégio Marista, na Asa Sul. Sem justificativa, José
Roberto Arruda (PR) não compareceu. O momento mais quente da noite
ocorreu no terceiro bloco, quando Toninho do Psol (PSOL) questionou os
demais candidatos sobre as doações feitas por empresas privadas a suas
campanhas.
Referindo-se aos dados divulgados hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Toninho dirigiu-se à plateia de jovens em defesa do financiamento público de campanha e questionou cada um dos candidatos presentes citando nominalmente as cifras e respectivos doadores declarados nas prestações de contas. Mirando o espírito juvenil do público presente, o socialista convocou uma mobilização de rua, à moda de junho de 2013, para questionar o modelo atual de financiamento e a pirotecnia das campanhas eleitorais.
A provocação rendeu direitos de resposta a Agnelo Queiroz (PT), Rollemberg (PSB) e Luiz Pitiman (PSDB), que, embora diretamente atingidos, rederam clamor à proposta do financiamento público, condenaram com veemência o financiamento privado e, cordialmente, se dirigiram ao autor da provocação justificando-se, em uníssono, pela necessidade de busca por competitividade no embate da propaganda.
"Nossas doações de campanha foram feitas dentro da lei vigente. O Junior Friboi foi do PSB, quase foi candidato ao governo do Goiás", comentou Rollemberg, referindo-se ao sócio do frigorífico que doou R$ 353,5 mil para sua campanha. O candidato de defendeu o fim do finaciamento privado, mas "para ter iguadade de condições, fazemos como a lei permite", disse.
Transparência, gestão e ficha limpa
Perguntas do corpo docente do Marista suscitaram a discussão sobre as alianças políticas. Agnelo referiu-se a sua base de governo, coposta por PT, PMDB e mais 14 partidos, que segundo ele, seguem estritamente o programa de governo. "Rompemos o esquema de pagamento por apoio na Câmara Legislativa", disse o petista, referindo-se ao caso que ficou conhecido como mensalão do DEM e à prisão de José Roberto Arruda. "Nosso governo é implacável, temos o melhor portal de transaparência do Brasil".
Em sequência, Toninho do Psol disse que a aliança base do governo de Agnelo "é um verdadeiro saco de gato", e completou: "É muito ruim o método de governar com alianças fisiológicas. Um péssimo defeito da nossa administração pública, que infelizmente se manteve no governo do Agnelo".
Os debatedores enfatizaram a crise de confiança pela qual passam as administrações regionais. Rollemberg criticou a relação política entre os administradores e os deputados distritais. "Tem deputado que tem 300 cargos no governo, três administradores foram presos (...). No nosso governo, daremos transparência total", disse.
Perguntado sobre a legitimidade da candidatura de Arruda, Toninho abriu um sorriso irônico. "Arruda não deveria ter sua candiatura homologada. Espero, em nome da ética, que ele seja expurgado do processo eleitoral", afirmou o candidato do PSOL.
Estratégia para chegar ao segundo turno
Com a ausência de Arruda, líder nas pesquisas de opinião e unanimidade entre as críticas em prol da Ficha Limpa, Rollemberg dedicou grande parte de suas energias a atacar Agnelo Queiroz, com quem, segundo a última pesquisa Ibope divulgada em 30 de julho, o candidato do PSB está tecnicamente empatado. Agnelo e Rollemberg têm, respectivamente, 17% e 15% das intenções de voto.
Ao longo do debate, o senador criticou as obras do Estádio Mané Garrincha, citando as despesas que superaram o orçamento inicial da arena. "Se o Mané Garrincha tivesse sido contruído pela metade do orçamento - R$ 1 bilhão - daria para construir 400 creches", argumentou. Em defesa, Agnelo alegou que as cifras citadas estavam equivocadas e apresentou resultados de sua gestão. "R$ 2,3 bi em obras, o maior investimento da história do DF em obras", enfatizou o governador.
Rollemberg ainda questionou o modelo de transporte público e provocou Agnelo. "Basta ir à rodoviária para perceber a indignação da população com a demora dos ônibus". Em contraponto, o governador lembrou do combate ao cartel de empresas que dominava o serviço de transporte no DF, e aproveitou para devolver a alfinetada. "Fomos o único governo que enfrentou a máfia do transporte e não tivemos solidariedade nenhuma do Rollemberg, que era senador".
Referindo-se aos dados divulgados hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Toninho dirigiu-se à plateia de jovens em defesa do financiamento público de campanha e questionou cada um dos candidatos presentes citando nominalmente as cifras e respectivos doadores declarados nas prestações de contas. Mirando o espírito juvenil do público presente, o socialista convocou uma mobilização de rua, à moda de junho de 2013, para questionar o modelo atual de financiamento e a pirotecnia das campanhas eleitorais.
A provocação rendeu direitos de resposta a Agnelo Queiroz (PT), Rollemberg (PSB) e Luiz Pitiman (PSDB), que, embora diretamente atingidos, rederam clamor à proposta do financiamento público, condenaram com veemência o financiamento privado e, cordialmente, se dirigiram ao autor da provocação justificando-se, em uníssono, pela necessidade de busca por competitividade no embate da propaganda.
"Nossas doações de campanha foram feitas dentro da lei vigente. O Junior Friboi foi do PSB, quase foi candidato ao governo do Goiás", comentou Rollemberg, referindo-se ao sócio do frigorífico que doou R$ 353,5 mil para sua campanha. O candidato de defendeu o fim do finaciamento privado, mas "para ter iguadade de condições, fazemos como a lei permite", disse.
Transparência, gestão e ficha limpa
Perguntas do corpo docente do Marista suscitaram a discussão sobre as alianças políticas. Agnelo referiu-se a sua base de governo, coposta por PT, PMDB e mais 14 partidos, que segundo ele, seguem estritamente o programa de governo. "Rompemos o esquema de pagamento por apoio na Câmara Legislativa", disse o petista, referindo-se ao caso que ficou conhecido como mensalão do DEM e à prisão de José Roberto Arruda. "Nosso governo é implacável, temos o melhor portal de transaparência do Brasil".
Em sequência, Toninho do Psol disse que a aliança base do governo de Agnelo "é um verdadeiro saco de gato", e completou: "É muito ruim o método de governar com alianças fisiológicas. Um péssimo defeito da nossa administração pública, que infelizmente se manteve no governo do Agnelo".
Os debatedores enfatizaram a crise de confiança pela qual passam as administrações regionais. Rollemberg criticou a relação política entre os administradores e os deputados distritais. "Tem deputado que tem 300 cargos no governo, três administradores foram presos (...). No nosso governo, daremos transparência total", disse.
Perguntado sobre a legitimidade da candidatura de Arruda, Toninho abriu um sorriso irônico. "Arruda não deveria ter sua candiatura homologada. Espero, em nome da ética, que ele seja expurgado do processo eleitoral", afirmou o candidato do PSOL.
Estratégia para chegar ao segundo turno
Com a ausência de Arruda, líder nas pesquisas de opinião e unanimidade entre as críticas em prol da Ficha Limpa, Rollemberg dedicou grande parte de suas energias a atacar Agnelo Queiroz, com quem, segundo a última pesquisa Ibope divulgada em 30 de julho, o candidato do PSB está tecnicamente empatado. Agnelo e Rollemberg têm, respectivamente, 17% e 15% das intenções de voto.
Ao longo do debate, o senador criticou as obras do Estádio Mané Garrincha, citando as despesas que superaram o orçamento inicial da arena. "Se o Mané Garrincha tivesse sido contruído pela metade do orçamento - R$ 1 bilhão - daria para construir 400 creches", argumentou. Em defesa, Agnelo alegou que as cifras citadas estavam equivocadas e apresentou resultados de sua gestão. "R$ 2,3 bi em obras, o maior investimento da história do DF em obras", enfatizou o governador.
Rollemberg ainda questionou o modelo de transporte público e provocou Agnelo. "Basta ir à rodoviária para perceber a indignação da população com a demora dos ônibus". Em contraponto, o governador lembrou do combate ao cartel de empresas que dominava o serviço de transporte no DF, e aproveitou para devolver a alfinetada. "Fomos o único governo que enfrentou a máfia do transporte e não tivemos solidariedade nenhuma do Rollemberg, que era senador".
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