Segundo turno
Aécio afirma que tirar o PT do governo acaba com a corrupção
Publicado: 24 de outubro de 2014 às 23:26 - Atualizado às 23:38
O candidato do PSDB
a presidente da República, Aécio Neves, provocou a primeira reação do
público, que irrompeu em aplausos, ao afirmar durante debate na Rede
Globo que “a medida para acabar a corrupção é tirar o PT do governo”. Os
aplausos foram interrompidos pela advertência do apresentador William Bonner e pelos apupos do grupo petista.Já na primeira pergunta, Aécio questionou Dilma (PT) sobre a denúncia da revista Veja de que ela e o ex-presidente Lula teriam conhecimento sobre o suposto esquema de desvios na Petrobras. Para abrir a pergunta, Aécio afirmou que essa foi “a campanha mais sórdida” da história democrática do País e voltou a colar sua imagem ao candidato morto em acidente aéreo, Eduardo Campos (PSB), e a Marina Silva (PSB), dizendo que foram todos vítimas de calúnias e difamação promovidas pelo PT.
Dilma respondeu em linha semelhante ao que havia feito ao longo do dia, no programa eleitoral e nas redes sociais. Disse que a revista Veja faz oposição sistemática a seu governo e que seus eleitores sabem disso. “Essa revista tenta dar golpe eleitoral e não é a primeira vez. O povo não é bobo, candidato, o povo sabe que está sendo manipulada a informação porque não há nenhuma prova”, afirmou Dilma, que acusou Aécio de “endossar” a estratégia da revista. Dilma repetiu ainda que irá à Justiça para se defender.
Aécio, por sua vez, respondeu embasando a denúncia da reportagem argumentando que a delação premiada, por meio da qual surgiu a informação questionada por Dilma, só traz benefício ao delator se forem apresentadas provas. O tucano citou também reportagem da revista IstoÉ que fala do nível da campanha presidencial. Aécio emendou mais reclamações contra a campanha petista, citando carros de som no Rio que teriam divulgado que quem votasse 45 seria automaticamente desligado do Bolsa Família.
Dilma usou uma de suas expressões marcantes nos debates e se disse “estarrecida” com o fato de Aécio achar que ela cercearia a imprensa. “Eu, na minha vida pública, jamais persegui jornalistas. Tenho respeito pela liberdade de imprensa porque vivi tempos escuros deste País”, afirmou Dilma em crítica velada ao tucano. Dilma disse ainda, em referência à Veja e à IstoÉ, que todos sabem “pra quem elas fazem campanha”.
O debate é dividido em quatro blocos. Nos primeiro e no terceiro, os candidatos eles fizeram perguntas um para o outro, com tema livre. No segundo e no quarto, eleitores indecisos dirigem perguntas aos presidenciáveis. No último, os candidatos fazem suas considerações finais.
Ao responder a pergunta da eleitora indecisa Carla, de Curitiba, Aécio afirmou: “O Brasil envelhece, mas não tem hoje serviço e a proteção necessária aos idosos. Nós vamos rever o fator previdenciário para que não puna, como vem punindo, a renda dos aposentados. E melhorar a vida do aposentado, como por exemplo incluindo a cesta de remédios na aposentadoria”.
Sobre a pergunta sobre políticas sociais para idosos, Dilma afirmou: ”Quem criou o fator previdenciário? O governo do PSDB, sendo líder o senador. Na época eu acho que ele era deputado. Quando o País ficar cheio de idosos, quem vai pagar, como sempre, o pessoal que está na ativa. Quando se abre a discussão do fator previdenciário, precisamos abrí-la para as centrais sindicais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário